“Fazer o bem é a maior forma de doar-se ao outro”.
Marii.
De todas as virtudes do homem, o que faz com que ele seja, diferente dos demais, é a forma de como ele procura ter uma conduta reta. Como age, como se preocupa com os outros. Como esse ser é capaz de agregar na vida de outras pessoas. Penso que talvez, o maior exemplo de doação, foi justamente aquele que no auge de nossas misérias, faz-nos lembrar de seus ensinamentos, Cristo.
ELE, sempre esteve diante de nossas inquietações, como um apaziguador. E por mais difícil que seja, o bem sempre é uma ação assertiva. A partir DELE veio o exemplo, a nós, cabe repetir os seus gestos. Quem se doa, sente-se capaz, um ser humano completo. Um ser humano novo, mas novo no sentido de ser resposta, de ter a capacidade de transformar, melhor, de fazer surgir a esperança no olhar de quem às vezes, nada tem.
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Há quem diga que falar de coisas boas, pensar nisso como um resultado, pareça ingênuo. Todavia, digo que não, pois a única riquezas que tem valor, e um valor a qual não se compra, é aquela que vem de dentro pra fora. Vem coração, vem da alma, ou seja, daquilo que sobrevive a essa casca que nos envolve. E caso não tenha notado, essa é a única riqueza que ao dividir você não briga. Não é interessante? Todas as outras, elas trazem divisão. Aqui, ocorre o contrário, você multiplica.
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Muitas pessoas têm um dom natural de fazer o bem. É o ser humano que se coloca no lugar do outro, que fala de modo sábio, que procura incentivar, e que procura também converter as dificuldades em grandeza, ou seja, usa isso para promover o encorajamento. É sempre aquela que diz, “acredite mais em você”, vamos “não sofra”, ” você vai super”, ou seja, é um jeito dócil de pensar e incentivar, de estimular o intelecto de quem precisa. É como se ao agir assim, nós também, pudéssemos saldar o débito com o nosso próprio Eu. É um bem que se faz é um bem que se sente.
Fazer o bem, é uma espécie de resiliência que não nos deixa adoecer. É maravilhoso você encontrar na vida, pessoas tão cheias de energia, e que procura libertar-nos, ou voltar acreditar na vida de uma maneira tão delicada.
Essas pessoas têm um jeito de despertar em nós, sonhos e esperanças até as tardias, porque dependo do que falam , mexem com as nossas emoções. Nos seduzem com o jeito de olhar a vida, de reagir positivamente porque plantam amor em nossos corações. Elas nos decifram .
Às vezes, a vida nos permite apreciar o tempo presente, esse que se vive com tanta pressa, de um jeito delicado. Não digo, necessariamente, ‘ delicado’, referindo-me a carinho. Não, carinho se tem pelas coisas que nos cativa. A vida nem sempre nos cativa, pelo contrário, muitas vezes, nos arrasta , intimida diante do que precisamos decifrar para compreender o verdadeiro sentido de estarmos vivos.
O processo de construção continua daquilo somos, é doloroso. Todos dias temos que nascer de novo. Temos que nos despir de alma se quisermos de fato, agregar algum valor, ao invés de ficar parado no tempo, revivendo acontecimentos que nos impede de progredir.
A vida sempre nos pega pelo avesso, sempre nos ensina pelo lado mais dolorido. É impressionante como tudo aquilo se precisa aprender, ela é tão sincera, tão franca, tão cara limpa que nos encanta. Você já viu pessoas assim, tão inteiras, donas de si mesmas? São pessoas que foram sendo costuradas pelos seus avessos, ou seja, de ” dentro pra fora”. São pessoas que aprenderam com suas dores, e não usaram de subterfúgios para se esconder.
Quando essas pessoas vivem os seus dramas, elas escolhem calar, ainda que por dentro, o silêncio seja o seu grito mais forte. É maravilhoso encontrar um ser humano tão grande, tão completo. Gente que nos é um exemplo, de força e superação,porque nos ensina a querer percorrer os mesmos caminhos, para conseguir também alcançar tal fortaleza.
Quem aprende a se decifrar, consegue lidar melhor com os seus conflitos. Sabem se colocar no lugar do outro. Claro, que muitos, em meios aos questionamentos da vida são resilentes, não se dobram. Todavia, os que se deixam aprender, sempre tem o que agregar.
De alguma maneira, porque sabem que o valor de uma envergadura saudável, é capaz de muito na vida de uma pessoa. E por mais dolorido que seja, a vida delas foram sendo construídas dentro de uma calmaria, que não nasceu de maneira repentina. Não, tudo vem de um contexto, onde elas não puderam se esconder, como tanta outras fazem. Não se anularam diante de suas fragilidades, mas souberam fazer das lágrimas verdadeiras ‘ gotas de orvalho ‘ e assim, cativar dentro de si, a poesia que há nos dias, mesmos os mais tristes .
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Aprenderam a considerar o valor de ser verdadeiros consigo mesmo, é uma dádiva. E embora, muitos não consiga entender, a vida precisa desse momento de calmaria. É quando se tem um pouco mais ‘de alma…’. A alma é necessária para se construir a calma. Tem gente que não. Dependo do que aconteça, vira carrasco de si. A irritabilidade, a arrogância faz com que se esquivem de coisas tão importantes para o ser humano, que é justamente esse aprender a se relacionar consigo.
É interessante mergulhar em nós mesmos, aprender a contemplar a beleza que há no silêncio. Não ser escravo das emoções, agir sem pensar. Isso é o que nos diferencia dos demais, é esse poder de negociar, ter flexibilidade para obter algo no momento certo, respeitando o movimento da vida. De fato, é o que nos torna pessoas melhores…