Ariano suassuna

Aqui morava um rei quando eu menino

Vestia outro e castanho no gibão,

Pedra da Sorte sobre meu Destino,

Pulsava junto ao meu , seu coração.

Pra mim, o seu cantar era Divino,

Quando ao som da vida e do bordão,

Cantava com voz rouca, o Destino

O Sangue, o riso e as mortes do Sertão.

Mas mataram meu pai. Desde esse dia

Eu me vi, como cego sem meu guia

Que se foi para Sol, transfigurado.

Sua efigie me queima. Eu sou a presa.

Ele, a brasa que impede ao Fogo acesa

Espada de Ouro em pasto ensanguentado.

Ariano suassuna. Aqui morava um rei

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Marii Freire Pereira

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Imagem: pinterest/ Juan Esteves

Santarém, Pa 10 de outubro de 2021

Publicado por VEM comigo!

Bacharela em direito, Pós- graduada em Direito Penal e Processo Penal.

3 comentários em “Ariano suassuna

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