Quem de nós nunca explodiu diante da oportunidade de ficar calado? Todos. Somos seres humanos compostos por nossas fragilidades, e conforme os nossos interesses vamos revelando a nossa verdadeira face.
Eu e você não somos diferentes em nossas instâncias de poder. Poder que machuca, que lança ódio sobre o outro, a indiferença e distância o diálogo. Em outras palavras, revela a nossa pequenez diante daquilo que não temos o domínio.
É espantoso que só diante de um choque de lucidez, nós conseguimos nos libertar dessa espécie de prisão. É, exatamente esse o sentido das ideias que vêm para machucar, perturbar, mexer com o interior de cada um, provocar… paralisar, impedir de pensar. Criando assim, uma espécie barreira que serve de proteção, e ao mesmo tempo, essas barreiras são estruturas revestidas de sofrimento.
Pode parecer bobagem, mas nós só conseguimos enxergar com olhos de doentes, porque o espírito de vitimismo aparece, mostrando que somos caricaturas, miseráveis de nós mesmos. E para piorar, quando isto, vem acompanhado de um certo comodismo, é muito mais difícil. Pois, nos falta a capacitação de compreensão. compreender a nossa real história, Quem somos, como estamos … muitas vezes, incapazes de interagir, por falta- nos condições para isto. Então, sobram perguntas, bem como, o oco de nossas relações. Essas certamente ficam interrompidas pela falta de movimento, da capacidade de criar. Romper limites, refletir. É como se morássemos numa prisão imaginária, onde se deseja a liberdade, mas não se consegue encontrar a saída porque o nosso movimento não vai de encontro da chave [ainda], que essa esteja em nossas mãos.
Não é fácil.
Somente com o próprio movimento do tempo, e o muito refletir, é que se consegue caminhar, arranca de nós esse espírito de coitadinhos. Não, ninguém precisa disso. Precisamos sim, ir à luta. Claro, no início com serenidade, respeito e calma. Respirando, dando a pausa necessária da qual precisamos. E depois , sim …lançar fora essa doença que nos mata. Quer uma verdade? Sabe quando somos realmente inteiros? Imagine um doente no leito de um hospital. Ele é um ser humano inteiro, sabe por que? Porque despiu-se de tudo, de todas as cascas , aonde muitos de nós acaba encontrando abrigo. São os malditos subterfúgios que nos aprisionam .
É interessante quando se olha para alguém que sabemos por exemplo, que se vai…
É impressionante como a vida nos pega de forma traiçoeira, faz um rebuliço, retira de nós tudo…tudo. Todas as máscaras (…), é um momento que resseca a alma….
A maturidade chega sem que se faça tanto assim para alacancá-la.
Realmente, existe um movimento em que não temos a capacidade para alavancar.. .Ele se chama…tempo.
Não há tempo para despedida. Se morre um pouquinho junto com elas…
Serenidade e mansidão você encontra nessas pessoas, ou em quem muito viveu e aprendeu com as próprias dores.
É preciso ser corajoso, deixar o farrapo de ser humano que habita em nós…partir. [Superar], essa é a palavra. Abrir mão do fere, e trabalhar novas possibilidades.
Olhar para dentro de si, inclinar-se para o interior, dando a pausa necessária que é o silêncio. Buscar estabelecer o que faz bem. É esse detalhe que faz toda diferença na minha e na sua vida. Polir com sabedoria o que trás inquietação…conseguir preencher os vazios, agora com maturidade!…
Não engraçado?..
Eu acho isso fantástico. Se você analisar todo o espaço de tempo, as nossas limitações, a questão da profundidade que o ser humano precisa alcançar para só então garantir o resgate de si mesmo, é maravilhoso. Apesar da complexidade simplesmente… é grandioso. É só através de um poder incomensurável…que isso é possível. Parece bíblico, mas só olhando para todo um estado de miséria pelo qual passou o maior homem da história , o qual deixou o exemplo de sabedoria e superação a todos, é que possível caminhar no sentido de superar as nossas próprias limitações. É ir em busca da cura de nossas próprias feridas. Que srjamos …capaz.
Silenciar…para aprofundar o que precisa ser modificado.
” NÃO RECLAME DA SORTE. É NA ADVERSIDADE QUE SE DESCOBRE O QUANTO SE É..FORTE”.
As vezes é necessário revisitar o passado e fazer uma espécie de organização pessoal para que tudo posso fluir naturalmente.
Abrir portas, janelas e deixar um pouco de luz natural, bem como, o vento levar nossas dores, mágoas e tudo o que não encontra espaço para ficar. É isso, precisamos construir novos caminhos.
Deixar de lado, tudo aquilo que faz com que fiquemos ali guardando ressentimentos. Claro, somos seres humanos, e não podemos viver dentro de uma redoma. Por isso, querendo ou não, vamos nos de deparar com momentos difíceis. Mas, o importante é deixar a porta aberta (…) , jogar fora palavras, dores, sentimos que não constroem. Não edifica absolutamente nada.
Ao visitar o passado, vamos ter que saber dialogar com pessoas que ( também), passaram por nós e tiveram um papel fundamental para que pudéssemos desfrutar de um equilíbrio , de uma amizade, uma relação amorosa. Pessoas que acabaram, muitas vezes, dando o apoio necessário no momento difícil, e nos fezeram prosseguir. Como o poeta diz ” precisamos andar de mãos dadas”. É verdade, mas as vezes essas mãos se separam e seguem segurando outras mãos. É o ciclo natural da vida, saibamos obedecer.
Eu acho gostoso aquelas pessoas que por muito fazer, tornam-se especiais em nossas vidas. Outras, ainda que coadjuvantes, souberam cativar o nosso ego. E sabe o que é interessante? Que o tempo vai cristalizando pontos considerados importantes dessas relações. Isso é sem dúvida, maravilhoso.
Bem, nem tudo podemos reclamar, mas agradecer. Agradecer por elas assumirem um compromisso de nutrir as nossas necessidades naquele momento que talvez, estivéssemos passando por alguma insegurança, fobia, timidez. Características normal de um ser humano. Minha sua, de todos. Quem nunca? Todos.
E o que essa minha reflexão tem a dizer é a respeito do ‘ olhar para dentro de si. É essa interiorização que tanto falar. A reflexão existencial, aquilo que corrige o que precisa ser colocado no lugar. A ” famosa cabeça no travesseiro “, quando as luzes se apagam, é lá que realmente nos construímos.
É essa sensibilidade de poder fazer as pazes com o passado, com pessoas que foram importantes e a “saudade ” delas que faz com que [ainda], fique uma brasa viva, e deixe um vazio dentro de nós.
” Saudade de quem amamos, e
Saudade de quem sentimento falta”, como disse o Gabito Nunes
Vamos nos visitar, aprender a ser heróis de nós mesmos, ao invés de carrascos. Toda construção, ela precisa ser tecida ali no mais fino fio de esperança. Saber ouvir isso, é importante, porque saindo da mente ela passa a ganhar forma, existência. Com isso, conseguimos transformá -las em atos, luta e superação. Superar constrói pontes que nos levam a alcançar novos objetivos.
Que saibamos respeitar e abraçar com generosidade as mais diversas formas que a vida nos apresenta.
Segundo Freud , a morte seria o mais grave de todos os infortúnios.
De todas as misérias, aquela que se revela nua, um convite ao precipício.
A morte tem sido um grande mistério, onde muito se tenta explicar, mas a verdade é que ninguém ‘ foi e voltou ‘, para descrever o seu processo. Embora, consiga receber inúmeras denominações, ela se apresenta para muitos, como uma espécie de ” Green Card”. Algo que nos leva a uma realidade que recepciona e acalenta ao mesmo tempo. Eis, uma explicação do suicídio, por exemplo. Quem opta por fazer essa travessia, faz com o intuito de chegar ao outro lado, sem peso na alma. Mas, vamos adiante, e quando essa morte não é física e sim, espiritual?
Quantos de nós já estamos mortos? Você parou para pensar? Quantos de nós, andamos corcundas, vazios de nós mesmos!? Intocável aos sentimento alheios?
Freud diz que o homem civilizado não carrega consigo características dos nossos antepassados. Lá, se matava por diversos motivos. Mas, a verdade é que todos nós devemos a natureza da morte, quer queira, quer não. A morte era descrita como uma espécie de necessidade. Particularmente, creio que parte de como a morte era vista lá, ficou adormecido no inconsciente, e trouxemos isso pra cá, para a realidade que nos cerca.
Morremos, mas essa ‘ ponte entre passado e presente, continua como via de acesso, onde muitos transitam de modo, a levar (desculpe- me a expressão), só os ossos. Um corpo sobrecarregado. Muitos andam que nem zumbis…
E dentro dessa reflexão podemos analisar só um lado da história, o que fala das tensões que afligem a estrutura física, mas corpo e alma. Isto sim ( também), devem ser conjugados juntos, porque a partir do mento em que a mente não consegue responder as de forma coerente todas as questões, a primeira manifestação dar-se no corpo. Sim, o corpo diz muito sobre com o estamos. Se deixarmos de nós alimentar direito, logo surge uma gastrite. Engordando, emagrecemos. O corpo manifesta aquilo que a mente tem dificuldade de saber se adaptar.
A psicóloga tenta explicar como tudo isso é manifestado na mente do indivíduo. Quando mente e corpo andam bem, tudo ficar harmônico.
Todavia, quando observamos o contrário, ocorre aí, uma espécie de desequilíbrio…
Quanto a alma ‘ apodrece’, o corpo responde imediatamente…
É o miserável que se arrasta e acena, mas o seu sofrimento não é visto. É isso leva o ser humano a uma espécie de loucura. A loucura que já levou muita gente a ser lançada fora , jogada ao mar do esquecimento ‘ poeticamente falando’.
De todos os infortúnios- aquele que não se encontrou respostas…até hoje.
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