De olhos fechados,
Caminho rumo ao horizonte…
Dividindo com o tempo as cláusulas de minha infância,
O que importa em especial, é o que carrego comigo.
Cada capítulo, um riso,
Cada história, uma página que expressa genuinamente o significado da palavra felicidade.
Meus pés tocam a velha estrada de terra batida.
Quantas lembranças! É como se eles nunca tivesse tocado outro chão.
Deus quisera que não!…
Reconheço que quase me esqueci desse tempo. Lembrei agora, e no momento derradeiro, hei de lembrar novamente.
A memória se povoa de pensamentos,
Sinto-me me como se tivesse oito anos de idade.
Quantas paisagens
A minha visão adulta conseguiu agasalhar.
Lembro-me de atravessar a rua de casa correndo descalça,
Parecia que pisava em plumas.
Se pudesse voltar no tempo um dia, e descansar no colo de minha mãe.
Ela de cabeça branca, mas com palavras serenas no seu tratar.
Se pudesse dividir a sensação de prazer, a que sinto e ninguém pode entender!
Coisas simples, como: sentar-se à porta juntas, para assistir a fogueira ardendo em labaredas…” quantas noites de São João “, não passamos confortavelmente…juntas, entusiasmadas com aquelas chamas.
Era outro tempo, mas o reflexo dele continua aceso em minha memória. Não extingue-se.
A alma é terra incorruptível,
Escolho um momento e é como se ela confessasse que os sonhos de menina,
Permanecem ingenuamente vivos!
Marii Freire Pereira
https://pensamentos.me/ VEM comigo!
Imagem: Pinterest. Playbuzz
Santarém, Pá 14 de novembro de 2020