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Mas não! tu formas no infinito seio
Do Criador dos seres! Tu me falado
Na voz dos ventos, no chorar das aves,
Talvez das ondas no respiro flénil!
Tu me contemplado lá fora céu, quem sabe?
No vulto solitário de uma estrela.
E são teus raios que meu astro aquecem!
Pois bem! Mostra-se as voltas do caminho!
Brilha e fulgurante no azulado manto,
Mas não te arrojes, lágrimas da noite,
Nas ondas nebulosas do ocidente!
Brilha e fulgura! Quando a morte fria
Sobre mim sacudir o pó das asas,
Escada de Jacó serão teus rios
Por onde asinhas subirá minh’alma.
( In: Antonio Candido e José A. Castello, op. cit, p. 53- 8)
Literatura brasileira. William Cereja e Thereza Cochar. 5 ed reform. Atual. São Paulo, 2013
Marii Freire Pereira
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Imagem: Imagens.com/ Cobris/ Latinstock ( arquivo pessoal
Santarém, Pá 8 de novembro de 2020
Fagundes Varela foi um dos responsáveis por eu gostar de ler, lembro que peguei uma coleção do estadão láaaa em 94,95 , uma coletânea com poetas e os textos dele me chamaram atenção. Muito fortes e marcantes, os poemas Armas e Canção lógica, foram dois deles.
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Fico feliz em saber, Ygor!!
Continua, temos uma gama de autores maravilhosos!
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