” Nem rei nem lei,
nem paz nem guerra,
Define como perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder.
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem oque é bem.
( Quase ânsia distante perto chorar?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é discreto, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro…”
É a Hora!
( Fernando Pessoa. Obra poética, Rio de Janeiro: Aguilar, 1965. p 89)
Literatura brasileira: William Cereja e Thereza Cochar. São Paulo, 2013
Marii Freire Pereira
https://pensamentos.me/ VEM comigo!
Imagem: Pinterest. Honda bordoka
Santarém, Pá 13 de agosto de 2020