Somos fragmentos da matéria…
O ímpeto generoso…
Passando, passando…suavemente da realidade
Para ganhar os olhos da imaginação.
Sublinhamos o silêncio
Talvez, ele a consciência dos nossos gemidos.
Olhamos para o céu,
Olhamos para o alto, escutando a própria memória,
Observando nos vultos da imaginação
As alucinações, que por vezes, vem nos povoa. Isto é, revestir de humanidade.
Quantas cores bonitas pousam em nossas janelas!
Chegam sempre silenciosas,
Outras, divertidas…
Sublimes,
Algumas carregadas de uma brisa suave,
Já outras, parecem festejos
Não pedem licença: entram e saem,
Não param em lugar algum.
Algumas pousam, chegam trazendo sempre um pouco de esperança,
Nos fazendo condensar… o tempo!
“Dormimos a beleza daquilo que sonhamos!…”
O tempo é um senhor generoso
Ele diz a nossa velha memória
Que a nossa carruagem passa sempre a meia noite…
É o destino de todos nós!
Ímpeto e generoso,
Ele é permissivo,
Mas
Recebe sempre os dividendos.
Sabe ser camarada e fronteiriço
Quando chega o seu tempo, não adianta correr,
Choram ou discutir suas cláusulas.
Com o tempo não se discute. Faz-se um acordo:
Vive sem tormenta.
Sem sofrer
Sem morrer…
Sem o que nos sobrecarrega.
A vida segue,
Contemplamos
A paisagem vista pela janela
A vida se amontoa dessa maneira.
Crescemos portanto, com as nossas sensações primitivas,
Mas
Com o coração grato por tecer
Com fios de ouro aquilo que chamamos de vida.
Marii Freire Pereira
Imagem: Pinterest. Lolkitu
Santarém, Pá 29 de Julho de 2020
Your poetry is sheer beauty with its flowing eloquence and symphony of words and thoughts. You have an exceptional talent!
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❤
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Vivamos o Agora,compreendendo que segundis depois, tudo já se foi!
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Muito bem!…
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