” Descansem o meu peito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
_ Foi poeta – sonhou e amou a vida.
Sombras do Vale, noites da montanha,
Que minh’alma cantou e amava tanto,
Projetei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhes canto!
Mas quando preludia ave d’ aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos dos bosques, abri os ramos…
Deixei a lua pratear- me a lousa!”
Álvares de Azevedo. Lembrança de morrer ( In: Álvares de Azevedo. cit, p28- 9)
Literatura brasileira: William Cereja e Thereza Cochar. Atual. São Paulo, 2013
VEM comigo!
Marii Freire Pereira
Imagem: Pinterest. Cantinho da Cristybel
Santarém, Pá 1 de julho de 2020