Mãe



Interessante pensar em nossas mães como ” rainhas do lar”. Esse é um estereótipo que se cultiva, quando se olha uma vida inteira dedicada ao lar, aos filhos, o cuidado para educá- los diante do mundo e suas descobertas importantes.
Ninguém mais que uma mãe tem autoridade para falar a respeito disso. Cuidar e servir! Que tipo de ser humano se presta a esse papel por tão pouco? Não, não pode ser só pela obrigação da maternidade. Maternidade que nos tempos modernos, deixa de ser obrigação e passa ser uma opção. Cada vez mais vemos mulheres fazendo planos, desejando viver aventuras que nunca ousaram fazer, por conta de uma vida de abdicação. Tem algo errado nisso? Não, é um direito que cabe à mulher. Mais sem esse outro lado, as nossas heroínas não envelhecem, não brincam com os netos, caducam, ou se sentem sós no final da vida. Sim, porque chega um momento em que ” ninho fica vazio”. Os filhos voam, se arriscam viver suas próprias aventuras. Quem as amparam? Se tiverem sorte, um de seus descentes, lhe dará o auxílio necessário para finalizar seus dias nesse plano. A maternidade tem bons exemplos, mas também nos mostra os atos revestidos de situações complexas e tristes. Afinal, torno a perguntar: o que faz alguém se dedicar a vida toda, servir aos outros sem recompensa? É uma quilometragem que é preciso avaliar o porquê dela ser bem rodada. Algumas relutam em aceitar que a vida tem um ciclo a ser cumprido. Mas tudo bem, não deixamos de ganhar, em alguns casos, de atendê-los.
É complicado compreender que as nossas heroínas poderiam poderiam não ser ” heroínas ” ou ” mãe “, mas alguém comum. As mães são os bons exemplos de ” cuidado ” que temos, porque além disso, elas também nos mima, faz aquela chantagem emocional vez ou outra. Ou nem seja chantagem, mas medo de que ” aqueles que são parte de si, do seu gozo, choro, músculo e suor…amor”, sofra. Por isso, no fundo, elas sentem; e sentir não significa tocar no músculo exposto, é sobretudo, compreender a razão que choram escondidas! São frágeis e ao mesmo tempo, verdadeiras leoas. Mas “cá entre nós “, tudo isso é fachada. Mãe tem o costume de abrir cuidadosamente, o armário dos filhos para tocar nos pertences. Uma mãe sabe onde por a mão certinho naquela blusa guardada no cantinho da gaveta só para sentir o cheiro de sua cria. Um coisa importante e que chama atenção de todos, é o grau de dificuldade de uma mãe em saber que seu filho/filha passa por tempos adversos. Elas são lúcidas demais para exigir, mas na fraqueza, não sabem negociar com o desânimo.
Uma mãe faz imaculado por ordem alfabética, tudo o que sonha para seus filhos. É generosa, estúpida quando preciso, orienta e é amiga. Às vezes quer os filhos distante, outras… pertos. Mas acima de tudo, preza pelo sossego, porque é “acolhedora”. Sim, elas sabem que Deus é humilde quando as tornam otimistas, quando dizem ” eu quero o melhor pra você!”
Uma mãe não seria mãe sem a absoluta certeza que, mesmo diante de um legado de abdicaçoes, não houvera uma única esperança. Qual? A certeza de que continuará viva através de seus filhos. A eternidade existe para além dos sentimentos, além da memória, das lágrimas, dos sonhos que se faz e refaz no outro e nos outros. Essa é a separação principal do amor, do ciclo da vida que permite o frutificar – nascer. Nascer é um privilégio. Por isso, valorizemos à quem nos ofereceu uma dádiva genuína e um sorriso espontâneo: Mãe.



Marii Freire. Mãe/ via Facebook

https://Pensamentos.me/VEM comigo!

Imagem: Autoral

Santarém, Pá 14 de maio de 2023

Publicado por VEM comigo!

Bacharela em direito, Pós- graduada em Direito Penal e Processo Penal.

4 comentários em “Mãe

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