Por que eu escolhi o tema violência contra a mulher para trabalhar?
Bem, essa história começou ainda na época da faculdade, em especial no estágio do (Sajulbra), momento em que você aprende na prática, como lidar com os casos reais, as situações humanas e seus conflitos.
Um dia, logo cedo pela manhã, vejo uma mulher chegar com uma criança de colo procurando ajuda. Percebi que a mesma estava com um olho roxo e emocionalmente alterada, não gritando, mas com a voz trêmula, querendo chorar e, falando sobre o fato ex- companheiro ter adentrado durante a madrugada em seu lar, e tê-la agredido. Então, vendo aquela cena, eu fui tocada, porque senti como se eu tivesse passado por aquilo. Percebi que todos ficaram olhando para ela, eu saí do meio dos meus colegas e fui até outro local e pensei ” covardia”, bater em mulher e com crianca? Nunca esqueci daquela cena. E, algum tempo depois, já formada, pensei em desenvolver um trabalho que pudesse ajudar muitas mulheres que vivem essa realidade- que é a violência, ter alguma espécie de mecanismo que as ajudassem a não aceitar, e também, não conviver com o problema ” achando normal”. Claro, eu não posso atuar, mas posso escrever! Posso levar informação para muitas pessoas que precisam dela. Talvez a minha forma de contribuir com o Direito seja realmente essa ” escrever “. Muitas mulheres ainda sofrem por não conhecer coisas simples, como a questão relacionada à abusos, que apesar de muitos esclarecimentos, ainda é tão naturalizado dentro da relação. E como costumo dizer ” do abuso para violência propriamente dita, é um estalo!..”, infelizmente.
Hoje, duas pessoas me perguntaram a respeito da minha formação profissional, uma inclusive disse: vi que a senhora é baixarel! Eu respondi educadamente ” Sim, sou Bacharela!”. A senhora poderia me ajudar no caso..xxxxxxx… Não! Sinto muito, mas não posso atuar como os meus colegas advogados, eu escrevo a respeito de violência. É essa a minha maneira de acrescentar, é falando; é conscientizando principalmente, àquela mulher que se permite ser ajudada, é dizendo para ela ” não aceita conviver com abusos, maus tratos e violência. Agora, tem aquelas que também não querem ser ajudadas, preferem viver as suas escolhas, e não tem problema nenhum nisso, até porque, cada um é responsável por sua vida.
Um abraço afetuoso a todos que apreciam o meu trabalho.
Marii Freire
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Santarém, Pá 22 de abril de 2023
E escolheu muito bem amiga! 🫶🏻❤️
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Ah, muito obrigada!🙏
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