Marii Freire

Ao escrever, não faça nada com indiferença. Mas escreva algo que ajude as pessoas atravessar suas próprias fronteiras. Procure tecer pensamentos que reforcem a ideia de ultrapassar obstáculos. “Muita gente vem de longe…”, carregando consigo as suas dores, estão sobrecarregadas de problemas, cansaço na alma, falta de expectativas. Então, você tem que servir como andaime na construção daquilo que elas se sentem penduradas. Acredite: muita gente é sobrevivente nesse mundo! Há quem não tenha pena. Mas existem aqueles que nem chão têm. Simplesmente, vivem numa esquina, dormem em qualquer lugar, catam e comem resto de comida como se bicho fossem.
Existem pessoas que não tem casa, televisão, uma cama confortável e “um café da manhã digno”. Portanto, não cabe achar que todos vivem a mesma realidade. Parte das dos indivíduos que compõem o mundo são simples. Ora, do dinheiro que recebem de seus trabalhos, a embalagem de produtos que mais procuram nos supermercados são de coisas como, a embalagem de polenta, milho, café, leite, macarrão, molhode tomate para fazer um espaguete no final da tarde, ou seja, tudo muito suado. O calor da companhia que tem, é do bichinho de estimação. É claro que você não tem nada com isso, e nem escreve exatamente para essas pessoas, porque se elas tem acesso ao mínimo, imagine a leitura? Mesmo assim, pense nelas. Não se sinta “o Chiquinho das galáxias que expande os céus “. Compreenda que, além de você, existe mais gente esperando o brilho do sol.

Pense nisso!..

Marii Freire Escritora. Via Facebook.

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Santarém, Pá 8 de abril de 2023