Marii Freire

Não se negocia com a violência. Ninguém negocia sem dialogar. Diante da pressão, muitas pessoas acabam impondo o que elas querem, sem respeitar os desejos e a vontade do outro. A gente observa muito essa questão em relação ao relacionamento doentio, ou seja aquele onde há sofrimento constante, maus tratos, abusos, agressões. A verdade é que as pessoas excedem em seus atos para manipular, coagir e uma série de situações que fazem com que a pessoa que tenha o poder dentro daquela relação tenha domínio total sobre os atos da outra pessoa. Isso não pode. De fato, a ideia de amor não comporta sofrimento e maus tratos. O amor humano tem limites. O amor transformado em sentimento, visa sempre o bem-estar da pessoa que você ama; do contrário, vira servidão.
O que muitas pessoas fazem ao se sentir apaixonadas é ignorar a maneira de agir do outro. Então, elas idealizam muitas vezes um ser que tem como “especial” sem olhar o principal que é a maneira como aquela pessoas a trata. E o atrito interno vem quando ela se depara com a realidade, ou seja, quando esse ” véu de ilusão ” caiu por terra, e se passa enxergar aquela pessoa como ela é realmente. A parte não observada do amor coopera justamente para essa coisa do “não” saber administrar a realidade, porque mesmo amando, eu tenho a capacidade de compreender quando o outro me falta com respeito, cuidado, quando ele/ela fiz coisas que machuca e não se importa com isso. Não tendo esse preparo para lidar com tal situação, simplesmente, se aceita qualquer coisa por medo de perdero ser amado. É aí que muitas vezes começa a tentativa insana de querer negociar, de achar que não vive sem aquela pessoa. Ledo engano! Você vive. E a sua preocupação deve ser justamente essa, digo ” se amar, se priorizar. Amor nenhum deve ser maior do que o seu, porque se pensar que tem que se submeter à vontade do outro, vai sempre viver para o outro, assumindo as vontades dele/dela. E, sabemos que o amor definitivamente, não sobrevive diante daquilo que tenta o asfixiar. O amor é um ganho previsto, dado de graça, mas que tem o seu próprio protocolo de exigências. Veja, exigência “não minha para com você”, porque neste caso, trata-se de uma vontade sobressair a outra, a necessidade que refiro-me neste caso, é do amor. Uma relação saudável entre duas pessoas deve ser consciente, mútua, constante, vivida de maneira leve, com diálogo, e que proporcione momentos bons para ambas as partes. Só damos amor quando o temos. É impossível amar sem se amar e ter essa reserva especial para ofertar o outro.

Marii Freire. Via Facebook

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Imagem: Marii Freire

Santarém, Pá 16 de fevereiro de 2023

Publicado por VEM comigo!

Bacharela em direito, Pós- graduada em Direito Penal e Processo Penal.

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