Marii Freire

Hoje, fiquei tocada por uma expressão usada por mãe ao falar sobre a filha e dizer que ” com pai, ou sem pai” ela vencerá na vida. E, eu acrescentei ” vencerá! Você como mãe, será um norte na vida de sua filha. Quantas mães solos não olham para seus filhos e imaginam ou falam essa mesma coisa para a criança? Milhares gente. Entenda, eu aqui, não questionando a ausência do pai, mas foco na força da mãe, porque existem muitas razões pelas quais uma criança não tem um pai presente, e como disse ” não vou entrar no mérito dessa questão “, mas no poder dessa mãe que que representa essa intensidade emocional tão linda, lúcida, transparente, e que mesmo tempo, lança nas palavras, o poder que dissolver todos os limites imposto à vida da criança. Sim, essa é uma análise que trago à luz para que se compreenda a vida afetiva dessa família que é sofrida e ousada, já que ela foi sendo projetada dessa forma por alguns fatores que se desconhece a razão da ausência do pai. Aqui, torno usar a palavra “ousada” porque a sociedade condena a mãe solo por muitos motivos, o que é comum “vermos no primeiro momento”, mas que infelizmente, é uma realidade que precisa ser digerida com lucidez, ao invés de receber críticas ácidas ao mru entender.
Às vezes temos a nitida impressão de que uma família só pode ser estruturada como muitos afirmam, se nela estiver presente a figura de “pai e mãe”, isso não é verdade, porque uma mãe tem uma força indescritível ao assumir as duas responsabilidades. Vale ressaltar que a dificuldade da sociedade é compreender essa realidade- não há defict nenhum nessa mãe, mas na forma de como a sociedade lidar com essa situação. O esforço, a persistência, o cuidado, o amor e afeto dado a criança é o mesmo que seria dado por ambos. No caso da mãe, isso é bom porque aprofunda a relação, a saúde, o diálogo. Não há nenhum “empobrecimento” de nada como se pensa. Certo, mas e quando ao emocional da criança alguém poderia me perguntar. Cada ser é único. Em alguns casos, talvez isso gere uma lacuna emocional, mas em outros não, porque a criança “leu” em forma de gestos, o esforço da mãe querendo fazer com que nos momentos bons e ruins, ela fosse feliz. Esse é o legado dessa mãe. A criança acompanha essa situação a vida toda. Dificilmente, um filho ou uma filha, ao vir se tornar adulto não dirá ” eis que essa mulher é a minha maior inspiração”, acontece. Da mesma forma, temos exemplos de pais que criam seus filhos sozinhos e são bons pais. O problema dessa questão, não dar- se em “uma das peças do tabuleiro” que falta, mas no contorno, ou mesmo no que diz respeito ao movimento em que essa realidade acaba se projetando, é uma nova nuance que tal realidade ganha.

Marii Freire – via Facebook

https://Pensamentos.me/VEM comigo!

Santarém, Pá 9 de fevereiro de 2023

Publicado por VEM comigo!

Bacharela em direito, Pós- graduada em Direito Penal e Processo Penal.

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