Por que a mulher que trabalha com o tema [violência], ela tem a sua imagem associada ao lesbianismo? Será que os nossos colegas homens são chamados de gays por trabalhar com o mesmo tema? Se são, eu não sei, porque nunca ouvi nenhum falar sobre esse assunto. Eu recebo muitas críticas nesse sentido seja nas plataformas onde trabalho ( faço um trabalho de conscientização a respeito de violência contra a mulher, em especial a violência doméstica) ou no blog. Acerca de uns dois anos atrás, após eu ter escrito um artigo, alguém através de um perfil falso entrou nos comentários de outro texto que eu havia escrito, ” me chamando de gay, me mandou ir para o inferno, depois retornou e disse que eu deveria ir para além dele porque aqui eu não deveria permanecer”. Nesse período, eu printei tudo isso, criei outra matéria, lancei no próprio blog, algumas pessoas foram solidárias falando a respeito desse tipo de situação, e como eu deveria agir. Nesse final de semana, eu votei novamente a ser atacada numa plataforma, em dois vídeos específicos onde falava sobre violência doméstica. Nele alguém que criou um perfil falso novamente, sugeriu que ” a minha namorada era linda”, eu bloqueei a pessoa, mas o comentário dela se encontra lá. Hoje, outro alguém através de outro perfil, em outra plataforma, veio desdenhar da minha capacidade intelectual, é como se eu não soubesse o que estou fazendo, ou não tivesse domínio sobre o tema que trabalho. Ora, me poupe! Evidente que tenho, eu sou formado em direito, se eu não souber trabalhar um tema como esse, por que estaria fazendo? Óbvio demais.
De fato, confesso que é muito desagradável porque o meu trabalho é sério, não uso de sensacionalismo, como muitas vezes até acabo vendo isso por aí. Para quem não sabe sobre a minha vida pessoal, eu estou acabando de sair de um divórcio, onde tive uma relação de quase 30 anos com o pai das minhas filhas, onde deste, foram 22 anos de casada. Esses últimos 8 meses que corresponde ao tempo de separação, foi um momento extremamente conturbado, porque às vezes eu não tinha motivação para escrever e gravar vídeos, porque qualquer separação é dolorida, mas me mantive ativa no que vinha me propondo a fazer, como continuo.
Bem, de uma coisa eu sei, não vou parar o que estou fazendo, porque de fato, eu amo o direito, assim como o tema que escolhi trabalhar. Essa necessidade de explorar esse tema “delicado,” nasceu na minha época de estágio, no Núcleo de Direito da faculdade em que estudava, onde sob orientação de nossas professoras atendiamos pessoas que buscavam ajuda da Justiça para resolver seus problema, e foi através de um único caso que me fez ficar estática no Sajulbra- que foi ver uma mãe com uma criança de colo com o olho roxo, abalada emocional e relatando a que havia passado na madrugada, quando ex- companheiro entrou na sua casa, que eu tomada por aquele sentimento de solidariedade, acho que essa é a palavra, senti que tinha que trabalha em algo que pudesse levar algum tipo de orientação e esperança à essas mulheres, foi quando do blog eu pude perceber que além da escrita, eu podia gravar vídeos. E, estou aqui, firme e forte.
Não vou parar, e quem quiser me acompanhar, toda ajuda é bem vinda!
Marii Freire.
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Santarém, Pá 31 de janeiro de 2023
Republicou isso em Ned Hamson's Second Line View of the News.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Você não deve parar. Se isto está acontecendo, é pq o efeito de sua ação está se dando positivamente.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Obrigada por tuas palavras, Silvana!
CurtirCurtido por 1 pessoa