O amor e talento, são manifestações nobres do ser humano. E, o que faz um e outro terem importância em nossas vidas, são as suas razões. É difícil pensar numa vida inteira sem amor. Qualquer mortal deseja viver um grande amor. Episódio também notável é o talento! Não é possível viver sem a possibilidade de criar. O ser humano tem a necessidade de expandir a sua consciência de forma livre, às vezes até para fugir do abandono.
Ora, imagine as obras de Van Gogh, não nasceram de seu talento? Sem dúvida. Van Gogh foi um grande solitário, e isso talvez o tenha ajudado a fazer criações belíssimas. Agora, as suas obras em Amsterdã, têm valor porque estão no lugar certo, ou seja em Museus. Mas imagine a seguinte situação: Se alguns de seus trabalhos, fossem expostos numa praça pública, um espaço onde muita gente circula, e nem todo mundo que passa ali, sabe qualificar o valor de suas telas, você acham que o valor seria o mesmo? Quantas pessoas você acham que passando e olhando rapidamente para o trabalho do artista, seriam capazes de compreender que aquelas telas são parte das obra de Van Gogh? Uma obra de arte não é algo valioso? Sem dúvida, mas expostas em um lugares errados, é trágico porque ninguém jamais entenderia o seu valor. A mesma coisa acontece com o amor. Quantas pessoas amam outras pessoas que não lhes amam, ou seja não oferecem amor na mesma proporção? Não amam com a mesma força, intensidade e gesto genuíno da entrega ? Você observa como as pinturas, assim como os sentimentos entregues a pessoas erradas provavelmente, não inspira em absolutamente nada? Fato, mas raramente, temos amor; amor criado conforme as nossas expectativas. Nem todo mundo que chegar na sua vida, irá reconhecer o seu valor e é isso que se precisa aprender.
Embora repetidas vezes, se ouça falar de amor com intensidade, ou seja, amor de verdade, onde as pessoas se doam por inteiro em prol do sentimento, inclusive zelam pela saúde da relação, nem sempre acontece assim medmo. Se você notar, a maioria das relações são vazias. É muita gente se relacionando por sexo, mas sem sentimento. É muita voz sedutora, muito sussurro ao pé do ouvido, mas sem afeto, sem preocupação com o outro, sem saber como ele ou ela está, sem quer se aproximar da história, querer conhecer verdadeiramente com quem você se relaciona, ou saber como foi o dia; fazer um programa especial com aquela pessoa, dar presente, dizer o quanto ela faz bem, é difícil. É muita gente amando, mas no fundo, vivendo mais solidão interior do que tendo companhia. As relações não são bem-sucedidas, os romances não são arrebatadores. O carinho, a troca de diálogo, a experiência gostosa adquirida a partir da cumplicidade a dois, é um fator que tem deixado a desejar.
Como vemos, existe muita ” pegação”, muita intensidade, performance sexual, muita receita pronta para conquistar o amor da sua vida. E ele, será que existe mesmo, ou é uma ilusão que você alimenta para não viver na solidão? Será que o que você oferece é amor mesmo, e o que recebe também ? Ou é mais um iludido ou iludida que embarca nessa onda de viver um amor frustrado? A verdade é que, na busca louca para encontrar o parceiro ou parceira ideal, ou quem sabe até o grande amor da sua vida, você mergulha até o topo do inconsciente, investe tudo em alguém achando que essa pessoa irá te proporcionar o melhor amor que ela puder; e percebe que não é assim que as coisas acontecem, porque são relações supérfluas, sem bases sólidas, sem afeto. É o gozo pelo gozo, e tirando esse detalhe, muitas casais, não passam de dois estranhos que estão juntos pelo momento, não para criar um vínculo verdadeiro.
” Darmos amor à alguém que não soma, não pensa em construir uma relação saudável, é o mesmo que mostrar talento a quem não sabe apreciar “. A princípio, a pessoa pode até jogar umas moedinhas, achando que vale alguma coisa. Mas a gente sabe que uma obra de arte no lugar certo, vale milhões.
Assim como as obras de Van Gogh, você descobre que é alguém valioso, mas no lugar para “avaliação” do outro, ou “dos outros”, não lhe favorece, é inútil. E, ter consciência disso é o que faz toda diferença na sua vida, porque apesar de você ser ” aprecida ” e estando no local que se encontra, como citado em ” praça pública ” , pouco são aqueles que de fato, terá essa capacidade de olhar pra você e reconhecer o seu valor. De repente, para quem não entende nada de obra de arte, o artista pode parecer um estranho. É preciso singularidade às vezes para olhar para a mensagem que o pintor desejou transmitir em seus trabalhos, coisas como: solidão, isolamento, ou ” picadeiro da desgraça pessoal” que foi o que permitiu o Van Gogh criar formas belíssimas, equilíbrio e outro características própriasde próptias de cada artista. Mas esses detalhes não são todas as pessoas que compreendem.
Há outras formas de compreender uma obra de arte, mas eu citei as essenciais. E quanto ao amor? Não basta olhar para a pessoa todos os dias, dizer eu te amo, e não demonstrar amor não ter principalmente, atitudes que certificam essa forma de amar. Sem essa percepção, eu diria que:
” Amor e talento demonstrados em lugares errados, é sinônimo de fracasso. “
Mas fracasso não seu, nem da obra. Mas do lugar, assim como de quem não tem a capacidade para apreciar o seu verdadeiro valor. A arte sempre precisa da contribuição de alguém, não de quem lhe ofereça esmola, ou poucas moedas ( valor mínimo). De fato, quem não entende nada sobre o valor de uma obra de arte, se vê-la exposta numa rua qualquer, pode acrescentar o que achar que deve. Agora, essas obras estando num Museu como Musée d’Orsay em Paris é diferente. Você compreende o que estou dizendo? No lugar errado, as pessoas não vão reconhecer o seu talento e valor. Assim vale para o amor. Para a pessoa errada, ela nunca irá valorizar você. Às vezes, para que o seu talento seja reconhecido, assim como o seu valor, você deve ir para um lugar melhor e é isso que você deve fazer.
Pense nisso!
Marii Freire. Amor e talento demonstrados no lugar errado, é sinônimo de fracasso.
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem ( Autoral)
Santarém, Pá 13 de dezembro de 2022

Republicou isso em Ned Hamson's Second Line View of the News.
CurtirCurtido por 1 pessoa