Amor Próprio

“Amor próprio é a régua da minha consciência, usada para ensinar os outros a respeito do meu protocolo pessoal.”

Marii Freire.

Você saberia definir o que é amor próprio? Como eu sei que me amo? Quais são as bases que, uma vez trabalhadas, acabam sendo essenciais para que eu possa alicerçar o meu amor próprio? Você já parou para pensar sobre isso? O amor próprio é pautado no que tange aos nossos valores pessoais, as nossas crenças, sobretudo a nossa virtudes. Eu diria que diante de uma situação, se existe algo que ” oxigena a alma”, certamente o amor próprio se faz presente, porque amor próprio tem ligação com a alma, com as nossas virtudes, com valores inegociaveis.

Ora, falar a respeito de amor próprio não é uma tarefa fácil, porque a minha percepção pode ser diferente da sua. É como os sonhos, ninguém tem os sonhos iguais ao dos outros. Todos sonhamos, mas a nossa maneira de nutrir esses sonhos é diferente. A gente pode ter o sonha da igualdade, mas essa igualdade, que acaba com as diferenças por exemplo entre as pessoas, na prática, nunca será constituída na sua totalidade, porque no final, cada ser humano, como disse anteriormente, terá um sonho diferente do outro. Como indivíduos sonhamos juntos, mas no final, o que nos separa é justamente essa diferença, digo ” o sonho de um, é diferente do outro ” , e nem por isso, deixamos de ser ricos enquanto pessoas. Todavia, cada indivíduo é único; cada pessoa tem a sua próprias característica, tem, requisitos próprios em relaçãoa valores inegociaveis.

” Amor próprio é uma reflexão que faço no particular sobre a consciência que tenho a respeito de mim mesma. É uma espécie de monólogo interior, onde nele, digo as pessoas como devem me tratar. Claro, se tenho amor por mim, não deixo que as pessoas ultrapassem os meus próprios limites. Pois do contrário, estarei agindo contra os meus valores. “

Eu poderia usar outras comparações para falar a respeito de amor próprio. Poderia iniciar esse texto definindo através de um conceito pronto. Mas achei mais rico estreitar a projeção sobre elementos da vida real, usar elementos internos, valores éticos, falar de virtudes para que o leitor possa fazer um juízo de valor a respeito do que é considerado como “um valor inegociável” a ele próprio. O desafio maior é provocar uma reflexão pessoal, para quando você estiver vivendo momentos de angústia, ou mesmo decisivos saiba oferecer um tratamento justo a si mesmo. Como disse, poderia pegar um “dicionário” e trazer algo pronto. Mas esse ” algo pronto” não iria contestar o que por vezes, a vida oferece de forma injusta. Não, é preciso que você seja o protagonista da história, que tenha um raciocínio crítico; pergunte a si mesmo, perante os momentos cruciais da vida, o porquê de ter que aceitar o que ela ostenta através das pessoas ao seu redor. Será que, o que elas te oferecem é justo? O que o seu raciocínio diz em relação a maneira das pessoas agirem com você é ideal ou desproporcional? Compreende como é você que deve fazer essas perguntas? Não é necessariamente, a maneira como as pessoas nos trata, é se essa forma de tratamento é algo que não nos fere, ou desagrada.

” A escolha é sua. O limite em relação ao seus valores, quem impõe é você. “

Enquanto você for uma pessoa que não souber administrar a vida, o seu movimento, e até mesmo, distinguir o que bom ou não, aceitar, incorporar, deixar que os outros possam ditar sobre você o que eles querem, de fato, você não sabe o que é amor próprio. Se por outro lado, rejeita essa ideia, simplesmente se desvincula, deixa de ser honesta consigo mesmo para agradar quem acrescenta algo de qualquer maneira. Claro, quando você limitar, quando declarar de forma correta o que aceita ou não, quem for conhecedor de suas regras, pode não gostar. Pode dentre outras coisas, se afastar. O que é perfeitamente aceito, porque ninguém tem a obrigação gostar de nós como somos. A gente só se distancia daquilo que não estar em mesma sintonia do que se procura. Não quer dizer que a gente não goste, quer dizer que o se procura é diferente do que se deseja encontrar.

É preciso deixar claro o que queremos e a forma que desejamos ser tratados. À perspectiva que as pessoas têm sobre nós é uma, a visão que temos sobre elas é outras. Evidente que podemos estreitar as relações [ se quisermos]. O que o ser humano não pode é deixar de ser quem é para agradar o outro, ou os outros. É por isso que não se negocia valores. Se assim fizermos, a maneira superior que as pessoas têm de nós tratar, vai em algum momento, causar desconforto, ou brigas nas forma de nós relacionarmos com elas, porque quem se sente ferido, vai chegar e comunicar o detalhe ao outro, em um determinado momento, e a outra pessoa, não vai querer aceitar obviamente. Claro, ninguém tem que aceitar nada. Mas pessoas conversam justamente para estabelecer ideias, limites, respeito sobre o que importante para elas.

Falar as pessoas como gostaríamos de ser tratados é muito importante, porque isso faz com que não só se estabeleça os limites para uma relação saudável, como faz nascer o respeito e a consideração pelo o que somos. É óbvio que, se queremos que as pessoas nos tratem bem, nós também oferecerem um tratamento de igualdade. A pergunta é: você quer ser tratado bem, ou de qualquer maneira? Lembre-se: o or própria faz com se tenha a clara distinção sobre o que queremos, e aquilo que não aceitamos.

” As pessoas sempre lerão em você, tudo aquilo que souber expressar, seja através do seu comportamento ou atitudes. “

Se a sua linguagem é clara, só permanecerá com você quem compreender que os seus valores são importantes e, que não pode adulter, nem abrir mão destes em prol de nenhum outro. Quem nos ama, quem gosta de nós de verdade, compreende que isso é um prestígio, uma qualidade pessoal que não se pode abrir mão. É também uma forma de dizer: Eu me amo. E para te amar, eu preciso, primeiro, cultivar amor e respeito por mim, pelos meus valores. O amor próprio passa pela régua da minha e da sua consciência. Portanto, ame-se, cultive o respeito por si mesmo, é esse detalhe que te faz um ser humano lindo dentre os outros. Lembre-se: “podemos olhar para mesma paisagem duas vezes, mas só o amor que temos internamente, ao lançar esse olhar, é o que faz- nos enxergar a beleza inacessível a todos.” A mesma coisa pode ser vista, mas a beleza na genuína, poucos podem contemplá-lá.

Marii Freire. Amor Próprio

https://Pensamentos.me/VEM comigo

Imagem (crédito: Marii Freire)/ Casa do Saulo

Publicado por VEM comigo!

Bacharela em direito, Pós- graduada em Direito Penal e Processo Penal.

Um comentário em “Amor Próprio

Comentários encerrados.

%d blogueiros gostam disto: