Qual é o modelo de sociedade que nós queremos? Queremos uma sociedade onde se possa viver com mais respeito, igualdade e equidade. Queremos que a emancipação das mulheres comecem pela consciência dos homens, não porque a lei seja o elo mais forte, e que faça dessa conquista, uma possibilidade para a construção de uma sociedade livre.
A mulher conquistou o seu lugar de destaque na sociedade, mas ainda assim, o tempo inteiro ela é questionada sobre a sua capacidade, bem como habilidades. É muito comum ouvirmos coisas como: ” Ah, ela não deve nem saber apertar um parafuso, se estivesse na cozinha, estaria melhor”. O tempo inteiro, a mulher que lidar com frases como essa. Claro, os ambientes são diversificados, mas o desdém existe. Na mente masculina, parte das mulheres, ainda permanecem na cozinha. Então, você nota que é preciso haver atenção para esse tio de pensamento que retrógrado e diminui a imagem feminina.
Da mesma maneira, também falo da própria mulher. Muitas ainda tem desconhecimento sobre várias questões. Veja, não falo daquelas que conseguiram se destacar; pelo contrário, é sobre quem não mudou a sua maneira de pensar. Evidente que, a conscientização neste caso, se constrói aos poucos. A própria violência é um exemplo do que estou falando. Há mulheres que sofrem abusos, maus tratos e violência e, acredita ser normal. Um absurdo que inclusive preocupa, porque falta trabalhar essa questão na mente dessa mulher.
Ora, quando olhamos para essa essa questão, atreladas a inúmeras outras que vemos que andamos longe do ideal de sociedade que queremos. É um cenário que se você olhar de perto, choca. Então, é preciso confrontar obviamente, tudo aquilo que vai de encontro aos nossos direitos com educação e respeito a cada questão. Muitas devido a moralidade de nossa sociedade, a culpa só recai na mulher, o que é inaceitável, porque o homem tem participação nisso. O estupro por exemplo, é um deles. Uma mulher não faz um bebê sozinha. Creio que há muita hipocrisia no que se refere-se a muitos pensamentos que temos, relacionados ao aborto por exemplo. Quando uma menina vem de uma família desestruturada, sem nenhum tipo de educação sexual, e é estuprada por um parente, seja pai, padrasto, tio, padrinho, avó, e na hora de buscar o seu direito perante a nossa justiça, é obrigada a ouvir discurso moralista, é triste. Triste é compreendo que a resposta pata essa situação, não é por aí, porque ela é rasa, e a mulher precisa de algo concreto. Na verdade, ela precisa de respeito aos seus direitos.
Há ainda, problemas que vão além disso como é o caso da violência doméstica. Apanhar não é normal, independente da circunstância, a mulher não tem que receber esse tio de punição por não se sujeitar aos caprichos de um homem. Nós estamos falando de ser humanos. “A moralidade de um, é a injustiça de outubro”. Triste ter que defender o óbvio. Porém, necessário para que se consiga ter o tão sonhado desejo de igualdade, ao qual almejamos. Todavia, essa não é uma luta que se possa ganhar sozinha. O resultado que será bom para todos, e houver união. A força coletiva tem muito poder, e é através dela que podemos avançar [ se quisermos] o bem das mulheres.
Precisamos que as mulheres estejam mais atentas aos seus direitos, ao que lhes cabe e, principalmente, aprendam a lutar por si mesmas. É necessário buscar melhorias sobre muitas questões. Mas esse feito só será alcançado se houver, um pensamento voltado a essas questões de maneira genuína. Pois do contrário, muito se fala e pouco se avança. É necessário também, se lutar por representatividade política. Quanto mais houver mulheres no poder, mais pessoas teremos lutando por causas básicas nesse país. Creio que temas como Violência Contra a mulher, violência doméstica e outros, podem ter grandes diálogos que nos levem a um patamar maior. Quanto mais se falar, se procurar conscientizar a mulher, maior será a resposta que teremos. Portanto:
” Tanto o abuso quanto a violência, podem ser trabalhados para se transformar em ato de consciência e transformação da sociedade que queremos.”
Precisamos sair do discurso, precisamos trabalhar a força que por vezes, ainda nos leva para trás, e romper com questões que são inegociáveis como a nossa dignidade em poder vivermos bem, vivermos sem violência.
Marii Freire. Violência Doméstica
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem & criação: Marii Freire/ Pensamentos.me/VEM comigo!
Santarém, Pá 5 de novembro de 2022

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