Eu, Marii tenho que compartilhar algo muito especial com todos vocês. Ontem, recebi da Editora Viseu o meu livro: MULHER Do ostracismo à luta pelos direitos nos dias atuais.
O livro é fruto de uma construção que vem desde muito tempo. Na verdade, esse livro foi nascendo em mim há anos. Mas, foi no dia a dia, e no passar natural das coisas, que ele foi sendo tecido através de ideias. Eu nunca gostei de injustiças como desdenhar de quem é diferente de nós, seja pela cor, sexo, raça e outros. Mas, não era só isso, a dor da injustiça – como vemos nos dias atuais, é para refletirmos a respeito, porque a injustiça que se causa a um, muitas vezes atinge a todos. Quando criança, algumas coisas já me traziam um certo incômodo como por exemplo, a questão da violência doméstica. A filha que presencia determinadas cenas no lar, ela cresce com o emocional comprometido. A gente não escolhe lar, nem família, simplesmente, “se descobre” dentro destes. Todavia, é como o passar dos anos, bem como a medida que você consegue compreender melhor os fatos e acontecimentos ao seu redor que tudo faz sentido. Eu já disse em outra publicação que um dia vi minha mãe levar um tapa no rosto, dado pelo meu padrasto. Certamente, essa lembrança é dolorosa. Acredito que isso tenha definido a minha postura de mulher em relação a não aceitar esse tipo de situação.
“Com violência não se negocia”
Quando falo a respeito de violência, estou falando de um problema que atinge todas as mulheres de todas as camadas sociais. Mulheres pobres, ricas, escolarizadas, as que exercem funções alta chefia, e outros. Isso inclui também a mim. Sim, todas nós mulheres, somos vítimas, seja em grau maior ou menor dessa violência.
Ora, a violência não é um fenômeno novo; pelo contrário, ela é secular. E, falar sobre essa realidade é descortinar uma brutalidade que antes não era vista. A violência contra a mulher, em especial a violência doméstica, só passou ter visibilidade após a promulgação da Lei Maria da Penha em 2006, no então governo do ex-presidente Lula.
Uma das coisas mais importantes que essa lei trouxe a mulher foi a questão da segurança. A medida protetiva, é de fato um forma dessa vítima ter uma proteção, como também uma segurança maior. Claro, não é garantia de que ela não sofrerá perseguição do agressor nem mesmo, em algum momento, possa vir a óbito. É um norte na vida da mulher que é vítima de violência doméstica ou familiar. A Lei Maria da Penha é de Condão Educativo todos sabem disso. Porém é considerada como um das três melhores que temos no país.
“Os casos de Feminicídio têm aumentado consideravelmente conforme nos mostram as estatísticas, o que preocupa especialistas de modo geral. Sabe-se que, dependendo do semestre, os números em relação a morte de mulheres podem aumentar ou diminui. A diminuição traz preocupação em relaçãoao problema, porque de alguma forma, se nota que a mulher deixa de denunciar.”
São Paulo, bateu recorde nos registros oficiais que investigam assassinatos.
É sabido que a violência contra a mulher tem aumentado, o que contribui também para as mortes ( Feminicídio). Em algumas cidades, regiões por exemplo, os dados são bastantes consideráveis. Os dados em relação a casos de hominicídios no país pedem atenção. E, a gente sabe que se há um afrouxamento nas políticas de controle de armas, essa realidade se torna muito mais comprometedora, porque elevar cada vez mais uma estética triste que a morte de mulheres em nosso país.
Bem, deixo o convite a todos e todas para conhecer o livro. Confesso que o recebi com um prazer enorme. Vale muito a leitura!
Marii Freire.
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Imagem: ( crédito: Marii Freire/ Viseu)
Santarém, Pá 20 de outubro de 2022

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