Felicidade não tem formato, tem leveza. A vida não deixa essa sensação no nosso peito criar forma. No máximo nos deixa fazer um passeio sentimental através de nossa audácia de pessoas que floriem. Eu diria mais, diria que a vida nos permite vestir roupas, ouvir voz, ganhar um beijo gostoso, ouvir uma bela música, apreciar uma paisagem, amar, ouvir o riso de uma criança, ou quem sabe viajar, conhecer lugares, ouvir o barulho da água correndo entre as pedras. Você compreende como tudo é uma questão de interpretação Em algum momento? já parou pra pensar como são situações simples que fazem florir feixe de flores em nós, digo “na nossa vida diária?” Sim, a felicidade é como uma flor que desabrocha dentro da gente, e de alguma forma agita a vida nos permitindo ser felizes. Claro- a estrada é reta, e precisa ser povoada para que sejamos capazes de contemplar as suas belezas. A felicidade não nasce na nossa vida por acaso. Para acancá-la é preciso gradualmente simplificar muito daquilo que desejamos. É necessário não viver de ímpetos, mas de esperança; esperança que espera- para que no final, se tenha a certeza de que seremos recompensados pelos nossos feitos.
Sim, a ” vida” exige coragem o tempo inteiro. Você não alcançar algo porque sonha, alcançar porque faz, porque se atreve a fazer muito do que a maioria não se submeteria nem a começar. Acredite: a vida não nos recompensa pela candura, mas pelo árduo, pelo que você renuncia na maioria das vezes e ninguém sabe. Essa é a parte importante que alicerça, cria fundos e tetos que sustenta toda a nossa estrutura. É por conta dessa exigência que se deve obediência ao zelo.

E, creio que o zelo maior, seja em inventar alguma forma, digo ” alguma fuga para sobrevivermos ” a vagarosa tristeza que por vezes, compromete a qualidadede nossas dias. Ora, não existe fórmula mágica para a felicidade. É ou não é? Evidente que é. Há dias em que há discórdias dentro de nós. Não sei, mas parece que a vida grita tentando pleitear algo que compense aquela agitação toda. Se ao menos soubéssemos como é o nosso nome. Parece estranho dizer isso, porque eu sei que você vai me responder da seguinte maneira: ” Eu sei o meu”. Não, não é nesse sentido. Sabe porque quando você nasceu, alguém te deu um nome, mas a memória em relação a isso, sempre é vazia. Se você notar, somos revestidos muito mais, por conta do valor que nos acrescentam, do que necessariamente, tenhamos consciência de trazer qualquer informação a respeito disso conosco. Nós somos partes dos queixumes, súplicas, sonhos que as outras pessoas depositaram em nós. É claro que sonhamos, temos os nossos desejos e vícios que nos pertencem, não somos só parte da referências daqueles que vieram antes de nós. Somos seres humanos em constante processo de construção. Nós nos julgamos sábios, sagazes, mas convivemos com as nossas perturbações transitórias. Às vezes o ser humanos têm tantos problemas que só um milagre para ele conseguir resolvê-los. É sobre essa situação que estou falando. Então, nem todas as informações, vem conosco. Elas se apresentam sim, a medida que, já envelhecidos, eu e você podemos pesar a vida dentro do nosso próprio silêncio. Certamente, aí já existe um estado de cansaço avançado, que inclusive, é catastrófico, em relação a muitas das nossas questões. Todavia, o ser humano é composto por muitas dúvidas, pois só de olhar para elas já infarta, mas no sentido gentil da situação toda, ele desembaraça. Claro que não é simples como parece, mas com um espírito de liberdade vagaroso na maiorias das vezes, ele resolve parte de suas contendas.
Mas, por contrariar a questão do autoconhecimento, do ão saber lidar com as situações de maneira geral, vamos seguindo a tradição normal da vida que é repetir aquilo que as outras pessoas também fizeram antes de nós, e trouxe um bom resultado. Todavia, o que grita dentro de nós é o novo, é o escondido, o que assombra ou toca delicado. É por isso que o que falei lá em cima no texto faz, jus a situação citada. Às vezes, se pleitea algo, tentando ganhar a manifestação mais simples do amor, da vida, das suas muitas exigências, e até se ganha. Mas tem pessoas que não. Elas não têm nada, falo no sentido material. Têm certamente, ali ” um” motivo que significa a razão da sua felicidade naquele momento que pode ser o sorriso de uma criança. Sabe, é olhar para aquele ser fragil e vê-la crescer. A grosso modo, essa é a realidade do mundo em que vivemos. É a algazarra que ecoa em cada cômodo da casa e traz vida e segurança onde não tinha. Nem todo mundo desfruta de riqueza ou bens materiais, mas de uma simplicidade absurda. Essa é a audácia do ser humano perante ele mesmo: poder florir; poder sorrir diante das adversidades.
O homem fica de pé diante de qualquer coisa, qualquer desgraça, dor ou sofrimento. Mas ele se rende diante de um sorriso franco. E digo mais, sabe por que? Porque ele quer passar pela vida, sentido o gosto dela inteira. Todos nós queremos que a vida escrita e assinada de forma que isso seja capaz de “saltar os nossos olhos”. Claro que o objetivo principal é alcançar a tão desejada felicidade. Talvez por isso, se pague um preço caro. Mas alguma alegria o ser humano precisa ter para recompensar a sua estadia nesse mundo. O amor é um desses desejos que nos comove. E talvez perpetue, cada regalo de esperança diante do improvável que é ” o amor original…” como pressuposto maior da própria vida.
Marii Freire. Felicidade
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Santarém, Pá 8 de outubro de 2022
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