Estação

“Em que estação da vida você parou?”

Você tem noção de quando a vida começa, porque há um registro que as pessoas falam sobre esse acontecimento sobre você. Mas nunca saberá em que estação terá que parar. Ainda que você olhe para um lugar aonde gostaria de passar cinco minutos a mais, não poderá ir. Simplesmente, você tem que se conformar com o brilho nos olhos, o nó na garganta por desejar, por querer um resquício de vida, além do que cabe em seus dias. Porém, precisa aceitar que tudo tem “começo, meio e fim”. A nossa história, jamais poderá ser rebobinada. Você não pode voltar atrás, não pode negociar com o ponteiro do relógio.

” Tempo passado não é tempo perdido, é tempo vivido. O que você quer, existe. Porém, nada é mais seu, não lhe pertence, é de outrem”

É difícil ter que lidar com isso, mas é dessa forma que a vida acontece. A gente não congela os bons momentos, nem o que em que se gostaria de viver a sóis. A vida é dura e nos confronta a cada momento. É possível modificar muita coisa, mas é necessário saber cuidar com carinho do que é essencial.

Não podemos voltar as mesmas ruas, aos mesmos povoados de outrora.

O essencial que cada ser humano deve saber que ” eu e você” temos uma única oportunidade na vida. A verdade é que não conseguimos fazer tudo o que de fato gostaríamos. Mas a gente faz o que é possível. Às vezes, até o impossível, dependendo do querer. A natureza humana nos ensina isso. E dependendo das necessidades, ela nos conduz aonde queremos chegar. Ora, a gente alterna ciclos de crescimento, movimento, aprende a lidar melhor com excessos, mudamos de parceiros. Mas, com o tempo, ainda que se exponha as nossas necessidades, ele não acata ordens. Simplesmente é indomável. E o que nos resta? Aceitar. De tanto impor, se aprende aceitar. Por incrível que pareça, o ser humano, aprende a ceder diante da exaustão que é “ranger os dentes”. O tempo o ensina. E, ele cansa. Cansando aprende a tomar atalhos que o conduza a paz.

Para fazer as pazes consigo mesmo, o homem observa vagarosamente que a vida flui, e não conseguindo acompanhá-la, ele vai afastando os olhos do que desejará. Não resta outra alternativa do que aceitar. Aceitar que a vida finda, que temos que descer na próxima estação […], e que o fruto dourado da sabedoria é fazer as pazes com a alma. Pode-se também aprender a cativar a fantasia consoladora de que ” demos o melhor de nós “. Sim, cuidado e carinho, também nos leva a lugares fantásticos.

Você pode abster-se de muitas coisas, menos da vida, e da voracidade com que ela nos consome. Prosseguimos com a sensibilidade genuína de esculpir a nossa essência. Em cada estação que ficamos, um pouco de vida reluz os passos que nela deixamos.

Pense nisso!..

Marii Freire

https://Pensamentos.me/VEM comigo!

Imagem: pinterest/VEM comigo!

Santarém, Pá 16 de agosto de 2022