Violência Doméstica

” Ele é assim mesmo!” Mas, me ama.

Ainda é muito comum a mulher tentar ” justificar ” a fala e o comportamento agressivo do parceiro diante de si mesma, ou em relação aos filhos para tentar diminuir o impacto da violência que sofre no lar. Grande parte das mulheres, teima em interpretar determinados acontecimentos na vida de casal como ” normal”. Quer dizer, muitas não se reconhecem no papel de vítimas de suas próprias histórias. Claro- a resistência é uma marca da trajetória de todas nós. Porém, essa falta de percepção e anulação que a mulher tem sobre si mesma, é em grande parte, resultado de crenças limitantes.
Ora, a mulher ainda sonha em viver uma realidade diferente da que vive. Então, para que consiga isso, ela começa a dialogar com os seus fantasmas enquanto vítima. ” Ele vai mudar” ou ” É só uma fase” logo passa. A verdade é que, a mulher que sofre violência, simplesmente, deseja que o seu parceiro mude. Mude no sentido de vir a ter consideração ao casal e à ela como esposa. Veja, eu não estou falando daquela mulher que tem um relacionamento saudável, uma companhia e uma intimidade boa com o parceiro. Não é isso. A gente sabe que, até mesmo essas pessoas têm desavenças. Mas, refiro-me àquelas que constroem ” muros imaginários ” para sua própria proteção ” ingenuamente ” óbvio. Em geral, a cena é tocante! Mas, por se verem sozinhas e confusas diante do próprio sofrimento, e que na maioria das vezes isso, acaba sendo alternado, “com dor e carinho” essa mulher não enxerga o grau de comprometimento que violência tem em sua vida.
A violência doméstica começa sempre começa através de uma relação abusiva, é importante dizer isso. Às vezes é uma relação permeada pela violência psicológica, que pode dar-se de maneira sucinta. Claro, como se sabe, a violência psicológica nem sempre é explícita, como a violência física por exemplo, onde esta, costuma deixar seus vestígios ( marcas roxas) pelo corpo. Não, é uma brincadeira sem graça que ( piora com o tempo) e ganha ar rústico ( sofrimento verdadeiro) porque atinge o psicológico, causando rupturas entre o casal, e até traumas que não conseguem serem superados na vivência, digo ” no dia a dia”, assim como na relação a dois. Mas, para não contrariar o marido, muitas vezes essa mulher cala, por entender que aquilo passa, e no momento seguinte, esse homem a trata bem de novo.
Bem, a reflexão que deixo aqui é: há muitas maneiras de distorcer a violência, de tentar excluir o momento ruim, de tentar ludibriar os sentimentos para fazer com que às vezes, um tom mais grosseiro, ou mesmo um comportamento que venha revela o desprezo em relação ao outro, não machuque. Mas o que essa mulher deve avaliar é: por quanto tempo, ela conseguirá excluir o que vai remoendo por dentro, ou supervalozizar o que também a vai a deixando insegura? Grande parte do que visto como “violência”, na verdade, começa com o que se deixa em silêncio, ou seja, com aquilo que se costuma calar, ou se é dito, não contestado. Mas, com o tempo, tudo vira vício, e torna-se uma fonte de sofrimento.

Pense nisso!

Marii Freire. Violência Contra a Mulher/ via- Facebook

https://Pensamentos.me/VEM comigo!

Imagem ( crédito: Arquivo Pessoal)

Santarém, Pá 27 de julho de 2022

Publicado por VEM comigo!

Bacharela em direito, Pós- graduada em Direito Penal e Processo Penal.

Um comentário em “Violência Doméstica

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