Sabe aquele relacionamento que “vai volta?” É o relacionamento ioiô, nele as pessoas parecem não se entender. Você sabe o que é curioso, e tem até um pouco maldade? É o fato de que, a sociedade tende a culpar a mulher por aceitar viver um relacionamento abusivo. Este tipo de situação é permeada de manipulação emocional, onde esta vive, e na maioria das vezes, acredite: nem percebe que está vivendo, e envolvida numa trama de manipulação.
É sabido que nem sempre o relacionamento é visto como mar de rosas. E não é mesmo, porque para que ele seja bom para ambas as partes, esse casal terá que ter bastante diálogo, além de muitas concessões. Mas o que muitos não veem é que grande parte das relações amoras são cheias de desentendimentos. Em geral, isso ocorre porque às vezes “um quer uma coisa, e o outro quer outra” e no final, a divergência vence. Outra situação bastante comum é traição. A traição faz com que surja a quebra de confiança entre o casal. Sem ela é impossível duas pessoas permanecerem juntas. A confiança, querendo ou não, é considerada como o ponto nevrálgico de qualquer relação. Você observa que num relacionamento, as pessoas podem se segurar para manter-se nele por muitos motivos, mas se faltar o principal, que é a confiança, certamente a relação chega ao fim.
Reconstrução da relação
Muitos casais terminam seus relacionamentos de forma drástica, mas em algumas situações existe o amor. E, neste caso, certamente, as chances de reatar são grandes. A maioria, tenta uma, duas, três, ou mesmo ” trocentas vezes “. Toda vez que um casal volta, vem as juras de amor, o cuidado, o carinho, o sexo caprichado, e outras situações que são próprias desse momento. Quer dizer, existe uma disposição para fazer com que a nostalgia do amor vivida antes de haver uma “quebra na relação” possa ser verdadeira. Mas Passando aquele período de empolgação que em geral, é vivido com a lua de mel, vem a questão dos problemas, a falta de maturidade, de paciência, aliada muitas vezes a manipulação psicológica. E, o que acontece? Esse casal se separa novamente. A coisa fica tão repetiva que as pessoas que estão de fora assistindo a situação, começam a olhar para a história do casal com descrédito.
A culpabilidade da mulher
A sociedade tende a olhar para o “relacionamento conturbado” de uma maneira desmotivadora. E, de forma, ela tem razão, porque relacionamento ruim precisa terminar. Agora, temos que pensar direito na situação da mulher. Creio que, lançar uma responsabilidade sobre ela é um fardo muito grande. Ora, a mulher se torna alvo de críticas severas. Infelizmente, ela passa por situações vexatórias, e como dito, recebe críticas pejorativas como Ela é uma safada” ou ” Não tem nem amor próprio ” porque para voltar para essa relação é não gostar de si mesmo. A sociedade avalia o comportamento da mulher como o ” a pessoa que deve tomar a decisão correta”. Você compreende a responsabilidade, digo ” para onde ela é lançada? Sim, é para a mulher. Se ela se reaproximar do homem, ela é culpada. Enquanto que o homem é isento de qualquer responsabilidade. Lembrando que: a mulher é um objeto de manipulação deste. Entre desejos e vícios, esse homem ” molda” a mulher a sua maneira. A verdade é que, a sociedade tenta por uma venda nos olhos, até por uma questão cultural, ela procura recriminar a mulher de diferentes formas.
Amor ou abuso?
Ao mesmo tempo que a sociedade julga a mulher, seja em relação ao comportamento e a sua própria maneira de agir, ela acaba se tornando negligente ao fato de que, muitas vezes existe a questão da manipulação psicológica, que é um fator ignorado. Claro, acompanhada de justificativas de mudança, o perdão que valida todo aquele momento, e serve para enaltecer as crenças dessa mulher. Evidente que, ela fica balançada, e deseja verdadeiramente, a mudança que repetida vezes é dita no calor da emoção. Eis o fator principal de toda sua resistência: acreditar na mudança do parceiro.
É possível [ re]começar de uma forma totalmente assertiva?
É possível melhorar. Qualquer questão ela sempre pode ser trabalhada no sentido de melhorar. Mas isso irá deper de uma comunicação saudável, assim como, uma memória menos lúcida. Veja, ” O lúcida” que me refiro é o fato de não procurar cobrar o outro pelo o que houve no passado. Em geral, ocorre o contrário. A pessoa que volta, ela traz uma “memória muito cheia de razão, e pouca emoção” vou dizer dessa maneira. A pessoa não apaga os erros passados, por isso as cobranças são tão intensas. Se de fato, não houver a celebração proposta entre o casal do que ficou combinado, a tal da mudança genuína não prevalece. Para que a coisa funcione, é preciso primeiro, que as duas pessoas tentem curar o emocional, as feridas abertas. Pois do contrário, diante num momento de tensão, o casal entrar em atrito de novo.
Os desgastes entre ” idas e vidas” são inevitáveis dentro de qualquer relação. Não bastar só o desejo de reatar. É importante não tornar aquele acontecimento abusivo repetitivo- violento na maioria das vezes. E para que esse começo seja novo, é preciso maturidade, coragem e diálogo das duas partes para que a relação tenha sucesso. Não basta apenas querer, é preciso fazer acontecer. Não existe milagre em nenhum relacionamento. Existe sim, duas pessoas dispostas a lutar por ele para se alcançar o final feliz.
Marii Freire Pereira
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem: pinterest/ Wengo Portugal
Santarém, Pá 21 de julho de 2022

Republicou isso em Ned Hamson's Second Line View of the News.
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Falta de empatia é um dos motivos, machismo arraigado é outro…
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Verdade Mágica!
Ainda precisamos avançar bastante para compreender melhor essa questão.
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Com certeza, em frente!
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Bravo amiga! Excelente!
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Obrigada Filipa!🙏🍃
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