“Fingir que somos livres e que podemos agir como quisermos, é ter certeza que não somos.”
Eu te convido para tomarmos um cafezinho e conversamos como mulher. Sim, é papo de mulher, aceita?
Como mulher, é possível pensarmos que mesmo em meio a essa ” movimentação de ganhos ” não digo ” privilégios ” mas ganhos, que temos e conquistamos em relação aos pequenos espaços da sociedade, ao longo dos anos, sermos realmente livres em todos os aspectos como gostaríamos de ser e agirmos ? Não somos. Enquanto muitas mulheres continuam passando por opressões, lutando de fato, pelo seu lugar na sociedade, vivendo sob abusos, maus-tratos e violência, e principalmente, ela não ter a liberdade de falar e pensar o quiser, certamente, as suas ações ainda são desiguais. Nós mulheres continuamos fazendo jus a luta pelos nossos direitos.
Diariamente, vemos a repetição de velhos comportamentos que nos leva a ter uma consciência desafiadora sobre o papel da mulher em nossa sociedade. Existe uma falsa representativodade da mulher, isso não se questiona. Claro, falsa no sentido de profundidade. A verdade é que, se tem uma coisa muito superficial. Ora, há mulheres que obviamente, se destacam dentro de seus espaços. Porém, existe uma gama se situações que permitem haver muitas perguntas sobre aquelas que não tem nenhuma notoriedade. O que se costuma observar com frequência em relação a muitas mulheres, é a exploração exacerbada de seus corpos, da maneira como são tratas como simples objetos sexuais. A verdade é que existem muitas questões que não são vistas pelo lado do direito. Há desdobramentos apressado em relação a mulher, e não a ” consideração” propriamente dita, que se gostaria de constatar evidentemente. Muitos problemas só crescem e a medida que tomam outras proporções, se percebe uma mulher cada vez mais distante de seu espaço de direito.
Quando apontamos alguns desses problemas, a sociedade parece viver permeada numa bolha espessa, e não enxerga o que a cerca. Como disse, há uma falsa representatividade da mulher, e muito do que toca os seus direitos. Falta se conseguir avançar em muitas coisas, inclusive, no que acredito ser importante que é, a profundidade filosófica para chegar ao ápice de questões primordiais relacionadas à saúde da mulher. O aborto é uma delas, um tema que requer inclusive urgência na sua discussão. A mulher não pode se apressar em torcer um pensamento a respeito deste, porque ela é ” ignorada ou a resposta é limitante. Então você observa como toda essa falta de visibilidade sobre o problema é bastante questionável, porque o aborto é uma questão-limite. Portanto, precisa avançar para que muitos dos nossos direitos se tornem reais.
Eu pergunto a você, enquanto tomamos esse café: Quem é a mulher da atualidade? Somos privilegiadas em que? Historicamente, os nossos ganhos continuam sendo contabilizados de maneira incorreta. Incorreta porque, partes destes, ainda deixam muito a desejar. Pensar na representação social da mulher é algo que requer atenção. Muito do que é tratado como natural pra nós hoje, não é natural. Na sua maioria, acredite: é uma situação indefinida. Sofremos perseguições religiosas, discursos que vem sempre acompanhado de certas ideologias, muitas outras coisas que não deveriam ser vista de forma distorcida. Eu arrisco a dizer que: Muito da Idade Média ainda está vivo entre nós. Falta a tal da representatividade em muitos espaços. Se existem mulheres que estão no topo, existe uma parcela maior que daquelas que residem na base. E, se você observar, muitos de nossos direitos existem na Constituição, porque diariamente, vemos estes serem violados.
É preciso romper muitas estruturas violentas vigentes. Esse sistema opressor que vivemos, ele continua perpetuando muito do sistema patriarcal. A mulher ainda luta por coisas simples como por exemplo, estudar. Estamos em 2022! Compreende como é lutar para conquistar os nossos espaços? Posicionamento óbvios, mostram a ponta do iceber, não a profundidade que ele guarda, ou atinge determinada extensão. Nos estamos lutando pelo básico. Quer outro exemplo? As mães solos. Estas são tratas com grande ” pré-conceito ” pela nossa sociedade. Se condena uma mulher que fica em casa com os próprios filhos. Às vezes sem poder trabalhar. Estes filhos, são na sua maioria, crias de pais vivos. Cadê esses homens que atribuem o peso de sua irresponsabilidade a essas mulheres? Você percebe como a sociedade os isenta de culpa? Infelizmente, a sociedade acolhe o que quer tratar, o que quer enxergar como necessário, o que triste, porque na prática, essa desigualdade entre homens e mulheres só cresce.
Eu finalizo esse texto, te lançando um convite a refletir. Muito daquilo que a mulher gostaria de alcançar, ela já conseguiu. Porém, é preciso discutir problemas que ficam adormecidos para que, na prática, se consiga mostrar parte daquilo que ninguém está vendo. A verdade é que, não se pode acalentar injustiça em relação a mulher. Esta, tem sido uma das razões de suas muitas dores. Falta inclusive sororidade da parte das mulheres, para que se possa se solidarizar umas com as outras. Nenhuma conquista é solitária. Nós precisamos da união das mulheres e também do apoio dos homens, para juntos diminuir essa desigualdade gritante.
Marii Freire Pereira
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem (crédito: Arquivo Pessoal)
Santarém, Pá 7 de julho de 2022

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Estamos juntas, querida 🌻💜
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Obrigada Mágica. Bom contar com você!🙏
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Eu que agradeço a companhia 🌹
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🙏🙏🌻
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🌷
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