Volúpia

O prazer de estender-se;

Ficar inerte

Alongar-se

Com a alma em chamas

Cristalina e sensual

Diluindo em gemido

O desejo avulso

e gestos obscenos desenhados

Com intenso prazer lascivo.

Quero a sintonia dos seus gestos!

Quero vê-lo atravessando noite

Fluindo na chuva

Em direção a meu desejo

e quem sabe aos sonhos.

Irredutível é a voracidade de seus olhos!

Como poema preso ao chão

Me faz aprendiz do seu amor

e das noites de inspiração

O tempo de espera

Que se transforma em supiro

Amor incondicional

Repara a face secreta da lua como é formosa!

Confunde-se com a palidez do seu rosto

Seu olhar faminto

misturado a nudez cristalina do seu sorriso

Como sonata que escuta os anjos

Vive a noite em pleno delírio.

Marii Freire Pereira. Volúpia

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Imagem: pinterest/ Blog da Geografia

Santarém, Pá 7 de junho de 2022