Quando vejo uma folha morta
Entendo que
Antes desse estágio houveram outros
e mais outros que, talvez ela ainda estivesse
cheia de vigor, caso não obedecesse cada
etapa do tempo.
A folha estaria sucinta, alta, presa em algum galho
e não nesse estágio onde a vida lhe foi negada,
E tu que dizes ao olhar para está folha?
A contempla no teu absoluto silêncio, antes de falar!
Madura e reclusa na sua condição
Quem imaginaria que este é o destino do homem
Gigante,
Perdido entre confissões e ganância, pérolas talvez!
Saber sê-lo lúcido,
Solto,
Livre.
Que pode um homem
Entre as próprias confissões
Condições de esperto
balbuciar a própria sorte?
Lembra que foste jovem,
Viril,
Que ia e voltavas de teus próprios avessos,
dos dias melhores e piores
e dizias que, no circo, tu não eras o palhaço!
Hoje estás só!
Nenhum galho te prende, não embalas a vida com o vento,
Negociaste os teus valores,
Na aceitação de tudo.
A madureza te faz desembrulhar a ilusão
diante do mentiroso que muitas vezes foste,
ao tentar vencer teus próprios desgosto,
Atormenta soltar a mão da vida?
Estás só!
Contigo, carregas a memória de um tempo fatigado,
A decomposição do corpo logo será inevitável
e nadas do que faças
te devolverá um dia de tua vida.
A última coisa que verás é o crepúsculo!
Teu corpo logo entrará em decomposição
Desaparecerá entre as rudes pastagens do chão.
Marii Freire Pereira. Decomposição Humana.
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem: pinterest/Set As Wall
Santarém, Pá 26 de maio de 2022

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Inspirador amiga! Obrigada! 🙏🏻💙
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