A violência é um suplício na vida da mulher. Um castigo! E é usada como instrumento para punir. Um ato desumano para fazer você se curvar as vontades daquele que tem o poder em um determinado momento, de algum modo. A violência é a demonstração do grau contínuo do quanto eu posso atingir o outro diante da sua falta para comigo. Triste não? Mas é uma espécie de tortura para quem sofre as suas consequências.
A violência contra a mulher é um problema grave, ela vai além do lar; a violência doméstica por exemplo, que é um problema social, nos convida a pensar nisso, digo ” nessa forma de punição ” no domínio exercido pelo poder do marido. As suas consequências são graves. Em geral, há risco à vida. Se a mulher desobedecer esse homem, se ela for capaz mediante de suas atitudes, fazer ele perder o equilíbrio e, o poder sobre ela, em muitos casos ( não em todos), esse homem, puni essa mulher de diversas formas, entre elas, tirando-lhe a própria vida. Sim, esse marido ou companheiro, se torna um ” indivíduo perigoso”.
Dentre as suas muitas ações, ele pode causar sofrimento sutis, humilhar, perseguir, transformar a vida dessa mulher em um suplício. Esse homem pode tudo através de suas violações. E quanto essa mulher, como ela fica? Como refém desse homem, evidentemente. Essa mulher torna-se um objeto que ele usa conforme a sua vontade.
Ora, curiosamente, eu trabalho essa temática que aborda a questão da violência contra a mulher, e vejo o quanto essas mulheres sofrem. Elas, por não terem discernimento acerca do comportamento violento desses homens, se sentem culpadas. É uma tortura sem dúvida tudo aquilo que ouvem. Situações como : ” Você é um lixo” ou ” puta safada” você não ” vale nada” …” Quer ir embora, vai” …mas não leva nada do que é meu”. É uma forma de punição severa para quem sempre esteve ao lado de um homem “sentindo esse sofrimento regulado na pele”. Regulado porque todo dia, ouve essa ofensas – violência psicológica, tendo os filhos como cúmplices.
O homem exibe a força, através da violência que se torna um hábito diário. Um carrasco que esquartejar a mãe diante dos filhos sem nenhuma consideração – um suplício para essa mulher que na maioria das vezes suporta tudo calada. Ora, as famílias ( não todas) mas a maioria tem esse modelo de pai. Na verdade, não é um modelo, é um sofrimento a todos.
Ora, dentro de situações como essa, se observar um sofrimento tão intenso que a mulher não pensa em vingança como esse homem, ela pensa em morrer, como forma de ” minimizar ” o sofrimento diante dos insultos. Eu falo isso, porque leio os seus relatos. Observo principalmente que, essa mulher quer se punir, ao invés de procurar os seus direitos, o que é um erro. Falta consciência, sem dúvida.
” Eu não posso dizer que é o abandono da mulher por ela mesma”
Se eu visse o problema dessa maneira, também estaria sendo injusta comigo. É revoltoso tudo isso. Mas reflete uma educação ineficiente, uma ruptura com o patriarcado que embora, venha perdendo força mediante ao direito, homens (tendo que obedecer as nossas leis), muitos comportamentos machistas são repetidos na nossa sociedade. É esse detalhe que não queremos.
A outra cena comovente que vejo, é o pouco de informação que essas mulheres recebem, principalmente, aquelas que vivem nos rinchoes do Brasil, ou mesmo entre todas as informações que circula, mas a maioria, por não ter o interesse de ir atrás, não sabe usar o direito a seu favor e, sofrem da mesma forma – se tornam agradecidas quando tem alguém que as alertas, que diz o que elas devem conhecer sobre si, e sobre o direito e, como podem usar este, a seu favor. Eu costumo ler muito:
” Obrigada pelos seus esclarecimentos, eu tenho aprendido muito com você ” Os seus esclarecimentos são importantes a todas nós”. Esse detalhe é o que acrescenta na vida dessas mulheres mediante a violência que sofrem […]; o alerta, representa esse despertar da mulher pra si, para o mundo. Vou dizer mais a essa mulheres:
” A violência só oferece duas escolhas…” Olhe o exemplo da Penha. Se você não quer nenhuma delas, lute pela sua vida.
É a mulher que tem que prestar atenção ao risco que corre ao permanecer convivendo com um homem violento. Não é o silêncio que salva”. É impossível negociar com a violência. Todas as vezes que uma mulher tentou fazer isso, ela morreu/ morre. É importante ficar atenta, porque isso pode salvar a sua vida.
Durante séculos a impunidade se faz presente aos crimes cometidos da ” porta pra dentro”. Contra elas, penas severas ( a morte) ; aos parceiros agressivos, a vantagem da impunidade e ” vangloria” O direito é pra todos. E para que esses agressores sejam punidos, é preciso que a mulher tenha consciência coragem para denunciar. É só dessa maneira que se deixa de ouvir murmúrios e a Justiça acontece.
Marii Freire Pereira
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem: pinterest/ CLAUDIA
Santarém, Pá 4 de fevereiro de 2022

É lamentável que a gente tenha isso acontecendo todos os dias. Não só a violência física como a psicológica, a emocional, são abomináveis. Seu texto é muito pertinente. Obrigado por isso e por tanto.
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Eu é que agradeço!🍃
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Por mais acesso ao conhecimento relevante, e por mais educação e ensino do amor próprio às nossas meninas …e meninos!
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Verdade Mágica!
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💜
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Hoje trabalho e estou na hora do almoço. É um prazer ler as suas publicações. ☀️
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Ah, amiga!.. “obrigada de coração ” pelo carinho!🙏🙏🙏
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Eu é que agradeço.
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