Às surdas, ninguém ouve a voz que ecoa o silêncio, nem renuncia a cegueira da visão. Só se rompe o silêncio com o delírio da risada, e a cegueira, com o apaziguar das desanimações.
Desapontados, é comum estarmos quase todos dias com algumas situações. Mas a esperança é como orvalho, enasce fresca todas as manhãs. Sobrevive o sufocar das pedras, e se mantém viçosa e úmida, entre a formosura traiçoeira do nosso pensar.
A gente escuta o alvoroço da falta de razão endiabrada, se precipita levantando a voz baixinho. Depois estica o pescoço em meios aos barulhos tentando entender o porquê da nossa má sorte. Por último, age com cautela para saber conversar. Um riso de improviso, uma inquietude, um esbravejar. Mas, no final de tudo, vamos nos ” redimindo” até corrigir o mal- comportamento dos nossos enganos.
E, finalizando – a cegueira deixa de fazer sentido. A voz se faz amiga e cordial diante da preciosidade de todas as experiências da vida.
Marii Freire Pereira
https://Pensamentos.me/ VEM comigo!
Imagem:pinterest/ Leopard Hat
Santarém, Pa1 16 de dezembro de 2021

Republicou isso em Ned Hamson's Second Line View of the News.
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Que bom ler as suas publicações enquanto tomo o café da manhã. 😊❤🙏🏻
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Ah, eu fico feliz por isso, Filipa. Obrigada!!🙏🙏🙏
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Eu é que agradeço amiga.
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