Gaslight

Você já passou por situações de abusos como: ” Você é louca!” Ou ouviu expressões do tipo: ” você está exagerando, você é dramática demais!” Coisas que em outro momento fizeram você se perguntar se estava agindo corretamente? Saiba que essa prática, é muito comum em relacionamentos abusivos. Sim, o gaslight ou ” distorcer” no português, é uma espécie de violência psicológica bastante comum em relacionamentos doentios, onde o manipulador tenta fazer com que a vítima questione a própria sanidade mental.

O gaslight ou gaslighting é uma forma sutil de abuso que faz com a mulher pareça a louca da história. O gaslighting é um termo que surgiu a partir do filme americano Gaslight, de 1944. No filme o abusador emocional fazia com a vítima duvidasse da própria realidade, ou seja, ela criava provocações para a vítima duvidar da sanidade mental e pensar que estava” imaginando coisas”. Frases como ” você está ficando louca?” É bastante utilizada para deixar a vítima confusa, e ao mesmo tempo, fazer ela se perguntar coisas como “será que estou agindo corretamente, vendo e, fazendo acusações levianas?” É bom ficar atenta para questões que tem uma repetição de cunho malicioso. Quem manipula gosta muita do resultado de seus investimentos sobre a vida. O papel do manipulador é esse mesmo, digo ” deixar a mulher no caso, vou colocar assim, porque é mais comum – confusa, frágil ” para dominar, ou seja, ter o total controle sobre as suas emoções.

Homens manipuladores usam muitos artifícios para manter as suas presas sob controle. Em geral, há um comportamento onde esse homem se torna o carrasco, mas também, o ser humano compreensivo. Há sinais que ajudam bastante identificar alguns elementos, dentre eles, tem- se :

1. Mentira- ocorre todas as vezes que o manipular usa desse artifício para tirar algum tipo de vantagem.

2. Acusações- aqui se observa a questão de elementos infundados. Você questiona algo, ele nega.

3. Ameaças- a pessoa usa de ameaças para fazer com que a vítima possa retroagir diante de um fato, decisão ou escolha

5. Humilhações- o abusador tenta desqualificar a vítima, assim como também desvalorizar ou diminuindo as qualidades da pessoa em questão.

6. Constrangimentos- os Constrangimentos são constantes. Se a vítima faz algo que é bom para ela, o abusador tenta fazer com que a vítima fique com vergonha por conta de uma situação que ela tenha participação. Se você procurar, verá que existem muitos outros sinais que ajudam a identificar o gaslight. O importante é que a vítima consiga enxergar detalhes que manipulação entre pequenos acontecimentos diários.

O gaslight é um tipo de violência que o abusador tenta ” guiar” a vítima na direção que ele deseja. Às vezes, de forma violenta ou de uma maneira sutil. Cabe a essa vítima saber que está sendo manipulada. E uma vez que ela descobre isso, deve pedir ajuda e procurar se afastar do agressor para evitar viver abusos ainda maiores.

Marii Freire Pereira

https://pensamentos.me/ VEM comigo!F

Fonte: https://Claudia.abril.com.br

Imagem & criação: Marii Freire Pereira

Santarém, pa 6 de novembro de 2021

Publicado por VEM comigo!

Bacharela em direito, Pós- graduada em Direito Penal e Processo Penal.

9 comentários em “Gaslight

      1. No entanto, eu penso que apesar da religião ter um peso importante, há outros motivos. Eu estou desinformada qto a legislação no Brasil, mas se houvesse mais efetiva proteção às mulheres e crianças, então tlvz a realidade sobre o assunto fosse outra. E não só, mais oportunidades de trabalho independente da idade, p. ex. Apoios socias mais abrangentes, isso não quer dizer apenas ajuda financeira, mas p. ex. Uma política de apoio a busca pelo trabalho. Muitas desses mulheres estão ou estiveram mtos anos em casa, não há experiência profissional, mas poderia ser criado apoio por obter experiência através de estágios.
        Continuar o projeto jovem aprendiz. A independência financeira é algo q ajudaria a mulher nos casos de violência doméstica.
        É preciso paralelamente, punir efetivamente a violência doméstica.
        No entanto, vemos cenas de violência brutal contra uma mulher com criança no colo por policiais. Perdemos a esperança.
        Não se pensou no trauma causado aquela criança? É revoltante.

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      2. Ah, fico muito feliz em receber esse teu comentário. A sua visão sobre o assunto não se alonga daquilo que poderia ser [ se quisessem], e cá entre nós, poderia FUNCIONAR no Brasil. De fato, há uma ausência de todas essas coisas que você cita. O Estado deveria ser mais presente, o Judiciário também, mas o que vemos muitas vezes é a ausência disso tudo, também pudera, o próprio Judiciário é machista! Mas não condeno só ele, porque seria eu, negligente, com a herança do patriarcado. Há muitos motivos que fazem com o Brasil tenha atitudes mais severas quanto a violência doméstica, a violência contra a mulher. Todavia, para avançarmos, se faz necessário o trabalho em equipe de muita gente com uma nova forma de pensar. Enquanto isso não acontece, muitas mulheres vão pagar pela negligência de quem as sempre colocaram numa posição de desvantagem. Infelizmente, a luta precisa continuar…mesmo lenta.

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      3. No caso do Brasil, até mesmo devido suas dimensões, não é possível pensar em algo que funcione ao mesmo tempo em todo país, mas tlvz eu esteja errada. Há que começar em pequenas cidades e expandir, caso funcione.

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Comentários encerrados.

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