Carlos Drummond de Andrade

Até hoje perplexo

ante o que murchou

e não eram pétalas.

De como este branco

não reteve forma,

cor ou lembrança.

Nem esta árvore

balança o galho

que balançava.

Tudo foi breve

e definitivo.

Eis está gravado

não no ar, em mim,

que por minha vez

escreve, dissipo.

Carlos Drummond de Andrade. Ontem.

Carlos Drummond de Andrade. A Rosa Do Povo. Editora: círculo do Livro. 1945. São Paulo.

Marii Freire Pereira

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Imagem: pinterest/ elfikurten.com.br

Santarém, Pá 3 de outubro de 2021

Publicado por VEM comigo!

Bacharela em direito, Pós- graduada em Direito Penal e Processo Penal.

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