Um homem atravessa a rua
Um homem que foge de si mesmo,
Um homem que atravessar o particular,
Contrariando o silêncio com seu olhar de indignação.
Um homem que cruza quadras para beber e agradar a freguesia
Um pobre homem sujo
Um homem que se consola com ilusões.
Um homem, dois homens, três homens.
Todos se encontram no mesmo recinto
Cheiro de bebida
Cigarros
Perfumes adocicados.
” Ah” esses homens!.. riem de si mesmos.
Juntos desgovernam as palavras
Declaram os seus desejos através de ações contínuas,
Acendem cigarros de uma forma gentil e vagarosa as suas damas.
Outro dia encontrei com João e perguntei:
“João, como foi a noite? “
João respondeu: ” encarei a carabina!”
Olhei para o cachorro com olhos de piedade na rua.
O que mais, João?
Olhei para o alheio tomando pelo desejo da culpa
Ri de Deus!..
Sou valente, e também bondoso na hora certa.
Ri de Deus!..
A vida me botou numa encruzilhada
Sou um andarilho a mais entre as solidão das casas
Passo por elas fechadas.
Caminho…sozinho.
Faço amizade fácil com a solidão
Me divirto a noite inteira
Bebo, fumo, troco ideias.
Não há nada que um boa dose de álcool não cure.
Sou um pobre coitado,
Mas também divertido.
Aproveito o sossego das horas para caminhar.
Heroi da dor
Da descrença
De tudo.
Sou um vulto em meio a todos perdidos por aí!..
Ora, tanta coisa nesse mundo, eu não posso deixar de aproveitar.
Vá pela sombra João!…
A madrugada costuma guardar de nós só o vulto!..
Até!…
E..lá se vai só um homem a mais, a transformar-se num vulto.
Marii Freire Pereira. O homem que transforma vulto.
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Santarém, Pá 26 de setembro de 2021

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