” Já nada me amarga mais a recusa da vitória
Do indivíduo, e de me sentir feliz em mim.
Eu mesmo desisti dessa felicidade deslumbrante,
E fui por tuas águas levado,
A me reconciliar com a dor humana pertinaz,
E a me purificar no barro dos sofrimentos dos homens.
Eu que decido. E eu mesmo me recostruí árduo na dor…”
Mário de Andrade. A Meditação sobre o Tietê¹⁸. Seleções de textos, notas, estudos biográficos, histórico e crítico por João Lafetá .3ed. Nova Cultural. ( Literatura Comentada). São Paulo, 1990
Marii Freire Pereira
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Imagem. Pinterest.com
Santarém, Pá 28 de outubro de 2020
“Eu mesmo desisti dessa felicidade deslumbrante”
Quantos de nós já não desistiram dessa felicidade né? Talvez ela não exista… deslumbrante? É acho que não existe mesmo, mas desistir de buscar qualquer coisa parecida, parece no mínimo triste e sem sentido.
“E eu mesmo me reconstruí árduo na dor…”
Isso é muito bonito, se é como eu entendi rss falando a grosso modo seria como estar calejado com as dores e tristezas da vida?
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“…na alma Ygor!”
A idéia de felicidade tem os seus “encantos”. É sempre interessante não nos deslumbrarmos tanto. Pés no chão, olhos para o horizonte, mas não esqueçamos de nós. Muito brilho “ofusca a visão “. É nisso que muitos se perdem […]
Como é irônico o destino!.. o ser humano só tem a capacidade de medir de saber o que é felicidade depois que a perdeu dentro de seus próprios labirintos.
” passeie bastante, mas não se distraía!”
Um abraço!
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