Mário de Andrade

” Já nada me amarga mais a recusa da vitória

Do indivíduo, e de me sentir feliz em mim.

Eu mesmo desisti dessa felicidade deslumbrante,

E fui por tuas águas levado,

A me reconciliar com a dor humana pertinaz,

E a me purificar no barro dos sofrimentos dos homens.

Eu que decido. E eu mesmo me recostruí árduo na dor…”

Mário de Andrade. A Meditação sobre o Tietê¹⁸. Seleções de textos, notas, estudos biográficos, histórico e crítico por João Lafetá .3ed. Nova Cultural. ( Literatura Comentada). São Paulo, 1990

Marii Freire Pereira

https://pensamentos.me/ VEM comigo!

Imagem. Pinterest.com

Santarém, Pá 28 de outubro de 2020

Publicado por VEM comigo!

⚖️ Bacharela em direito, Pós - graduada em Direito Penal e Processo Penal. 📚 Autora: MULHER Do ostracismo à luta pelos direitos nos dias atuais e O Amor Verdadeiro Contesta. Ambas as obras são lançadas em parceria com a Editora Viseu/ Brasil. . Palestrante

2 comentários em “Mário de Andrade

  1. “Eu mesmo desisti dessa felicidade deslumbrante”
    Quantos de nós já não desistiram dessa felicidade né? Talvez ela não exista… deslumbrante? É acho que não existe mesmo, mas desistir de buscar qualquer coisa parecida, parece no mínimo triste e sem sentido.

    “E eu mesmo me reconstruí árduo na dor…”

    Isso é muito bonito, se é como eu entendi rss falando a grosso modo seria como estar calejado com as dores e tristezas da vida?

    Curtir

    1. “…na alma Ygor!”
      A idéia de felicidade tem os seus “encantos”. É sempre interessante não nos deslumbrarmos tanto. Pés no chão, olhos para o horizonte, mas não esqueçamos de nós. Muito brilho “ofusca a visão “. É nisso que muitos se perdem […]
      Como é irônico o destino!.. o ser humano só tem a capacidade de medir de saber o que é felicidade depois que a perdeu dentro de seus próprios labirintos.

      ” passeie bastante, mas não se distraía!”

      Um abraço!

      Curtir

Comentários encerrados.