Que passos sensíveis damos em direção a criança que fomos outrora.
O adulto que há em nós, se revela uma criança serena quando percorre o quintal da memória.
Quem nunca sentiu falta da liberdade, do gosto de tocar com a planta dos pés, os pingos da chuva?
Ah!..ser feliz é uma questão de escolha.
Quando criança, eu bebia a própria felicidade e não sabia.
Hoje os muitos anos,
Não me trazem a paz que nos meus oito, eu sentia.
Quando crescemos
Sentimos uma saudades sonora do aconchego do lar,
Da casa da avó, do cheiro da avó!..
Do cafuné…
Do doce…
Do prazer com que ela nos recebia.
Quem me dera
Por um dia…sentir tanta alegria!
Que admirável é a riqueza escondida nas pequenas coisas ou porque não dizer na eterna melodia?
Vem!..sinta comigo o prazer da nostalgia.
Do jantar ao puxão de orelha
Do banho de chuva
Ao simples fato de andar descalça,
De tudo, eu teria prazer em reviver um pouco mais ou quem sabe em um dia!…
Da meninice a velhice,
Quem não remexe com orgulho o baú da nossa genialidade? E bote gênio nisso!..
É cada traquinagens, rsrs – nem me venha com rancor.
Desgosto alheio,
Plenitude nossa!
Queria eu escrever entre linhas tortas
Que a felicidade é uma bússola que nos projeta defronte a porta …e assim, caminhamos sozinhos… até ela.
Marii Freire Pereira. Sabor da Infância
VEM comigo!
Imagem: Pinterest. nori
Santarém, Pá 12 de Julho de 2020
