Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica em meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem amamos
E guarda a marca dos meus dentes nela.
Essa mulher é um mundo! – uma cadela
Talvez… – mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
Vinicius de Moraes .
( Livro de sonetos)
Literatura brasileira
Marii Freire Pereira.
Grande Vinicius!Grata por partilhar Marii!
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Que bom Ananda ter você por aqui.
Seja sempre bem vinda.
O ” poetinha” é sempre um bom convite!
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