Não é a vida do outro que te causa espanto,
É a sua que não aceita miséria tempestuosa.
Você não fica saciada com pouca vida,
Pouca alegria,
Miséria,
Nem gole d’água que não mata sede.
Desde o seu nascimento,
A conversa com consigo mesma é contínua
Você quer o prestígio de amores sólidos,
De caminhos verdadeiros;
Caminhos, sabe? Onde possa sentir seus pés tocarem o chão – criara raízes com a terra.
Do dia, você quer a nitidez das manhãs serenas revelando sua candura.
Você diz que quer conversa,
Mas no fundo, deseja paz.
E impetuosa como é,
A lucidez do raciocínio
Elucida sobre a importância das coisas que
Se movimentam muito rápido sobre o seu pensar.
A violência sobre os pulsos,
Tenta ser freada apenas na conjugação do verbo no tempo presente, relacionado àquilo que julga ser injusto na vida social.
Você é uma mulher que aguenta os processos
E afugenta toda miséria sentimental e moral
Porque compreende que,
A vida é uma eterna procura sobre o gostinho inegociável de gozá-la, refleti- lá, se aclarar, esvair-se dos murmúrios,
É sobre a importância de aflorar,
Se desvencilhando do sofrê- lá.
O martírio, serve para dá- lá requinte,
Abrir os olhos sobre o que nos intriga…
Mas a delícia, vai muito além das metáforas
Que trazem luz sobre as nossas imagináveis certezas.
Marii Freire. Impetuosa. Via Facebook
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem: Autoral
Santarém, Pá 4 de dezembro de 2023

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