Muitas mulheres quando são vítimas de relacionamentos doentios ( violência doméstica), elas levam anos alimentando sofrimento, em especial, o psicológico. Claro, esse tipo de violência é a mais comprometedora no que diz respeito a saúde mental e emocional dessa mulher. Aliás, não só da mulher, do homem também, porque ele sofre bastante com esse tipo de violência. Mas por ser uma coisa culturalmente, muito fechada, pouco se fala dessa forma violência em relação ao masculino, e sim com mais frequência em relação à mulher em nossa sociedade.
Trabalhando esse tema alguns dias, pude perceber que muitas mulheres têm dificuldade para falar sobre o processo de sair desse lugar de dor. A verdade é que ” muitas não conseguem reagir”, não tem força, vontade e porque não dizer ” propósito “. É como se o tempo tivesse parado para algumas. Outras, elas conseguem avançar, mesmo não esquecendo das sequelas, essas vítimas da violência; aprenderam o significado de empoderamento, de trabalhar a sua dignidade, amor próprio, a admiração por si e, o orgulho que volta com muita força. Isso é algo importante para elas, porque só assim conseguem resgatar a confiança que um dia perderam. Evidente que, quando se fala em violência, existem muitas realidades, cada uma com sua particularidade, mas sempre contendo muito sofrimento. Outro detalhe que notei é que trabalhar a autoestima dessa mulher não é fácil. Fazê-la ter confiança e voltar acreditar em si, é muito desafiador. E isso não é difícil perceber, porque por estarem sob constante forma de sofrimento emocional, elas acabaram dando muito mais ênfase aos pontos negativos do que os pontos positivos, se percebessem que na prática é o que faz diferença para uma guinada de vida.
” Não é fácil negociar com a dor, mas possível, a medida que se deseja mudar.”
O que é mais comum em relação a esse fato, é que muitas mulheres repetem as mentiras que ouviram a vida toda com naturalidade de seus parceiros abusivos. “Muitas mulheres por estarem presas a uma trama de mentiras e manipulação “, absorvem esse fato como uma verdade que, em parte levam isso até para os consultórios, crendo que o problema é com elas. Ledo engano! Nada mais precisam, senão de ajuda. Essas vítimas precisam romper com toda forma de abuso, com descrédito sobre elas, assim como também com essa forma de continuar se anulando por causa de se manter presas ao sofrimento.
É importante ressaltar que, a dor existe. Isso é fato. Mas se faz necessário mudar e “quebrar essas correntes que as aprisionam”. É isso, é ressignificar a vida, a maneira de pensar, tomar decisões assertivas e ter um posicionamento sério sobre mudar, principalmente, ter o compromisso de acreditar na sua capacidade de gerir a própria vida, voltando a acreditar nela mesma.
Marii Freire. Violência Doméstica
Marii Freire
Imagem: Autoral
Santarém, Pá 25 de outubro de 2023
#autoestima
#violenciadomestica

Bravo amiga! 👏🏻👏🏻👏🏻
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Sim, é um despertar demorado. Muitas por falta de informação; em outros casos, quando a vítima se recusa a enxergar que precisa sair disso.
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