Eu não escrevo só sobre violência contra a mulher

Muitas pessoas olham para o meu trabalho e dizem ” talentosa ” ou ” muito sabia!”, ou ainda ” você tem um belo sorriso!”. Gente, eu sou humilde suficiente para dizer, isso não me encanta. Em geral, são construções como essa ” completamente ” vagas” que a sociedade atribui a um mulher nova. A realidade é que, na maneira de pensar de algumas pessoas, “a mulher nova” serve para muita coisa; serve pra casar, “para arrumar marido rico”, o que não sou contra, nem a favor, cada uma é dona de suas escolhas. O livre árbitro, certamente vem de encontro a isso, ele serve justamente para reforçar essa tese que afirma que ” cada um é livre para escolher o que quer. Eu por exemplo, quero ser reconhecido como uma escritora ( não como advogada) como dizem por aí. É claro que, eu tenho uma formação acadêmica. E para escrever, necessariamente, o escritor não tem que sair da faculdade com um canudo na mão, como em qualquer outra área que se escolha. Escrever dentre muitas coisas, exige “conhecimento e sensibilidade” a causa ou “causas” que você se dedica. Claro, a minha formção acadêmica me ajuda muito, e eu amo o que faço.

A Faculdade de Direito abriu- me muitos caminhos, dentre eles, o de escrever temas voltados ao direito da mulher. Mas, voltando ao começo deste texto, as pessoas acham que faço um diário da minha vida pessoal e lanço na mídia, com a clara intenção de ganhar likes. Sinto em informar, mas não me enquadro nesse pensamento. Os temas que desenvolvo são pautados no direito, são situações que envolvem dilemas reais e que precisam dessa sensibilidade para abracá-los. A violência, é uma violação dos direitos humanos da mulher. É com base nisso, que trabalho exemplos, situações, dados reais e legais. Na verdade, eu faço uma leitura de muitos textos jurídicos, onde cito até os seus autores, como ocorre no meu livro. Mas, eu mesma, assino grande parte dos meus textos, porque gosto de escrever; a não ser que a situação mude um pouco o foco, e use a Jurisprudência para algo maior, digo ” quando consulto temas que envolvem por exemplo, trabalhos onde preciso citar Leis. No meu livro, cito autores excelentes que trabalham o tema violência contra a mulher e várias leis. Mas não é so isso, também há uma abordagem do próprio contexto histórico que fsla acerca da mulher. Então, você nota que é um trabalho compromissado com a verdade, e fundamentação é legal. De modo geral, a violência é um tema espinhoso, sensível e precisa de habilidade para trabalhar. Há inúmeras maneiras de você por isso em prática. Eu por escrever, preciso ter um vasto material comigo para externar de forma simples o que a mulher precisa entender.

O meu livro: Mulher- Do ostracismo à luta pelos direitos nos dias, apesar de conter alguns erros gráficos ( isso sempre aparece) em muitos livros, inclusive o trabalho de grandes autores, às vezes você percebe um erro impresso daquela forma, mas não compromete a qualidade do trabalho, e no meu caso isso ocorreu. Mas o que importa é a mensagem central, e forma de como ela chega até a mulher. Esse livro foi algo que me exigiu bastante. Não que eu não tenha adorado fazer esse trabalho; eu adoro escrever! Mas, falo das próprias dificuldades que foram aparecendo ao longo da obra. Todavia, estas foram vencidas. E eu escrevo, gravo vídeos com formas diferentes de mostrar a mulher as mais diversas maneiras dela reconhecer que vive em situação de violência. É um livro maravilhoso, não é porque é meu que falo isso. Mas, ele é importante porque é um alerta a todas às mulheres que vivem em situação de violência e é claro, toda vulnerabilidade que vem com ela. Todavia, para aqueles que acompanham o meu trabalho a mais tempo, sabem que eu escrevo sobre muitos temas como, autoajuda, artigos, atualidade, poesia, frases, inclusive sobre relacionamento saudável. Há um vasto material aqui no blog, basta conferir. São diversos títulos falando sobre essa questão.

” Eu não escrevo só sobre violência contra a mulher. Existem muitos outros temas; entre eles a questão do relacionamento saudável. “

Escrever é uma paixão, eu digo que é um “ofício que realmente gosto”. Já escrevi outro texto falando como se deu esse processo em minha vida. Talvez, a aproximação com os livros, já que passei boa parte do meu tempo em bibliotecas, porque nunca tive dinheiro para comprar livros que ao longo da vida de estudante foram necessários, e até mesmo acadêmica ( comprei muito pouco ) tenha cooperado para isso, digo ” tenho facilidade para escrever”. Então, estou segura quanto ao que faço. Falta-me o reconhecimento, não a competência. A competência, infelizmente para mulher em nossa sociedade, chega tardiamente. Os homens os têm, muito mais cedo que nós.

Em toda minha vida, se tem algo que exalto com orgulho são os livros, onde a minha maior referência, dar-se com base na educação. Ela nos possibilita fazer muita coisa, inclusive ultrapassar as muitas barreiras em relação às diferenças que temos. Por isso, o conselho que deixo é ” leia, leia muito”. E se você gostou do que leu até aqui, acompanhe o meu trabalho nas redes sociais, Instagram, Facebook, LinkedIn, Tik Tok, Kwai e, por favor, não esqueça de comprar o meu livro, ele pode não servir pra você, mas tem sempre uma amiga precisando.

Marii Freire. Eu não escrevo só sobre violência contra a mulher

https://Pensamentos.me/VEM comigo!

Imagem: Autoral

Santarém, Pá 16 de outubro de 2023

Publicado por VEM comigo!

⚖️ Bacharela em direito, Pós - graduada em Direito Penal e Processo Penal. 📚 Autora: MULHER Do ostracismo à luta pelos direitos nos dias atuais e O Amor Verdadeiro Contesta. Ambas as obras são lançadas em parceria com a Editora Viseu/ Brasil. . Palestrante