” Amor bom, é o amor que nos abraça novamente. “
Marii Freire.
Todo relacionamento saudável é construído por uma troca sadia. As pessoas têm prazer de estaremos juntas. É isso que faz com que elas encontrem forças para trabalhar o bem-estar da relação. Observe que, nesse tipo de relacionamento, há não só coerência, como lucidez, consideração, carinho e troca mútua entre o casal. Isso tudo é demonstrado no dia a dia, e na maneira de se relacionar. Coisas como carinho e afeto, são dados sem a necessidade de cobrança, porque o casal busca por excelência. Logo, o esforço, assim como os projetos de vida, são promovidos por essa resposta prazerosa.
Do mesmo modo, se observa que isso não fica só na relação, mas também acaba fazendo parte de todo um ciclo de amizade, trabalho e outras situações. Enfim, coisas que fazem parte da maneira em que nos relacionamos com as outras pessoas, meio de comunicação e tudo ao nosso redor. Porém, quando se trata de amor, estamos falando de duas pessoas que se amam, se respeitam, e que criam um universo para fazer o outro ficar bem. E , claro – não infringem regras que sabe que vai ferir o ser amado. É uma relação sem conflitos e harmoniosa. Veja, não é que não tenha pequenos desacertos. Tem, mas nascem e se acabam em espaços pequenos. Diferente de uma relação abusiva que os conflitos parecem que nascem em forma de decretos.
Num relacionamento abusivo, você nota que as reações são desproporcionais, e a maneira de se comunicar também. E sabe o que preocupa? É que as pessoas não querem consertar os seus erros para viverem bem. Elas gostam de fragilizar, de causar pânico no parceiro ou parceira, para posteriormente, ter prazer sobre isso. É uma ideia completamente distorcida do que comporta o amor. Ora, quantas pessoas não vivem uma relação assim? Muitas. É um respeito construído na pressão, num inconsciente distorcido, onde um procura culpar o outro pelos ” desencontros” e até a falta de caráter mesmo.
Em todo relacionamento abusivo há a reprodução de condutas negativas. Essa reação é trata muitas vezes como ” normal “. Você quer um exemplo do que falo? Muito se ouve falar ” fulano é assim “. Ok, fulano pode até ser assim pra ele. E, quanto a nós? Se a pessoa que estar com você não te respeita e não tem consideração, é simples: não tem relação. Pensa comigo, se só você conversa e age com disciplina para tornar a relação boa, eu te pergunto: ” qual é o grau de comprometimento do outro?” Você consegue entender o que estou dizendo? Não sou eu que devo fazer tudo pela saúde da relação[ somos nós]. Amor é parceria. Imagine, eu tendo a obrigação de consertar tudo. Isso funcionaria com base em ideias retrógradas, não no modelo de relacionamento atual que basea- se em novos valores. Hoje, temos como obrigação em todos os modelos de relações o afeto, o amor e o respeito. Mas, o que vemos ainda, são mulheres e homens repetindo, velhos padrões de comportamentos.
” Mulher não tem obrigação de bajular marmanjo”
Muitas mulheres compraram para elas essa obrigação de ter que ” adular marmanjo” para ter alguém do lado. É triste o desvalor dessas mulheres que se submetem a ter que fazer isso para ter alguma garantia. Amor é uma construção psíquica e química entre duas pessoas. Tem que ter o dever de cuidar de ambas as partes – e não só cabe a mulher esse papel. Já imaginou você ficar ” fulano faz isso, fulano faz aquilo “, não tem quem aguente. Sinto muito em dizer, mas se só a mulher se esforça e se importa, cadê ela na relação? Se ocorre um acontecimento que traz desgasteda relação, ela tem que agir como mãe que diz ao filho ” são 10: 15 horas, você precisa tomar o seu remédio “. Se precisa olhar no relógio e, chamar atenção do outro, é ter que dizer a ele, àquilo que por natureza ele deve saber, não tem relacionamento, porque não tem lucidez da outra parte, muito menos, comprometimento. Afinal, quando ele vai ser adulto, quando for idoso? Será que idoso, ele vai cumprir o que não aprendeu na infância? É isso que a mulher tem que levar em consideração.
Pessoas que não tem comprometimento com nada, ela diz claramente que não quer nada sério com você. Qual é a dificuldade de compreender isso? Nenhuma. Quer um segundo exemplo do que estou falando? Se você vai perguntar porque a pessoa age de forma péssima com você, mostrando o caráter que ela tem, o que vai acontecer é o fato dela, ficar irritadiça, inquieta, insatisfeita. Você pode até conversar, renovar os acordos íntimos, mas na primeira oportunidade, ela vai repetir o mesmo padrão de comportamento.
Notem que, numa relação disfuncional, o comportamento não condiz com o que a pessoa fala. Ela não tem comprometimento, constância, esforço algum, para lutar pelo bem em comum, que é o sucesso da relação. Anotem o que vou escrever aqui ” muitas mulheres vivem relacionamentos ruins, abusivos, doentios durante anos” sendo negligenciadas na relação. Muitas passam por situação de violência, escondem seus dramas, mas permanecem no que lhes adoecem por pouco; por muito pouco, eu diria por ” migalhas…”. É triste, mas é com que muitas se satisfazem. Elas não aceitam ser pouco, aceitam o fato de ter…pouco.
” E por não aceitar essa realidade, essas mulheres amam a ponto de se dizerem felizes em troca de qualquer migalhas”
Relação é construída à dois; do contrário, você vive só ou vive o que chamo de relação unilateral ” que é o fato de viver: você com você mesma. Isso não existe, certo? Amor é acolhimento, carinho e proteção. Se falta isso, é importante não ignorar as situações que se apresentam a você.
Pense nisso!
Marii Freire.
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem: pinterest/ Mund Her Way
Santarém, Pá 28 de setembro de 2023

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