Violência Contra a Mulher

Nunca se discutiu tanto a respeito de violência contra a mulher. Ninguém fala, mas eu falo: estamos vivendo em tempos de debates. Sim, o momento volta-se a um olhar mais profundo sobre a importância de se falar sobre os direitos da mulher.

” A história nunca se aprofundou tanto na discussão sobre o feminino, quanto tem feito agora.”

Nunca se discutiu tanto a respeito de violência contra a mulher e protagonismo feminino como temos visto. Também podera, o Brasil tem alcançado números estáticos estarrecedores em relação a violência. Isso faz com que dentre outras coisas, se amplie o olhar sobre a necessidade de falar a respeito de certas formas de violencia, até como uma maneira de conscientizar à mulher e a sociedade sobre esse perigo.

” A importância de enfatizar essa questão, é trazer mais do que a necessidade atrelada a reflexão, é sobretudo, lutar por mudanças. “

É comum se discutir a respeito de violência no dia a dia. Ora, um homem que bate na sua esposa ou companheira, são assuntos comuns que se fala de maneira natural. Claro, apesar de não ser normal conviver com violência. Homens violentos agem por impulsos. A violência acontece também em relação a mulher. Então, se pode observar que o comportamento de parceiros agressores é visto como algo universal. Mais o meu intuito aqui é evidenciar a violência contra a mulher, e não falar dela como um todo. Embora, se saiba que a violência exista dentro de nós, de modo que, gostaríamos de eliminar o problema dentro pra fora, ou seja a nossa agressividade, de modo pacífico, nem sempre se consegue alcançar esse grande feito. Vivemos num sistema que é violento para todos, principalmente, para nós mulheres.

Ora, aqui faço questão de enfatizar sobre a necessidade de mudarmos. O sistema é opressor, a gente não pode esquecer disso. As mulheres nem sempre puderam lutar, mas aquelas que conseguiram algum resultado, fez com que isso, pudesse refletir positivamente na vida de muitas de nós hoje. Mas, não falo só de uma pequena mudança que beneficie poucas mulheres. E sim, de uma mudança coletiva para para diminuir as muitas desigualdades entre homens e mulheres.

Quando se fala em mudança, se objetiva com isso, buscar respaldo na lei. Sabemos que nem sempre a lei consegue atingir o objetivo daquilo que se propõe quando se cria uma lei por exemplo, em nossa sociedade. Eu não falo de uma realidade distante, mas do simples fato da mulher viver uma vida segura e sem violência. Mas qual é o reflexo disso, funciona na prática? Os números em relação a violência refletem isso? Obviamente que não. Muito pelo contrário, o Brasil acaba deixando muito a desejar. Anualmente, muitas mulheres são vítimas de feminicidio, o que gera um valor negativo para o país.

O amor não se traduz em dor, não converge em atos violentos. Todavia o que vimos diariamente, são notícias que falam de mortes de mulheres de forma bárbara. É por isso que precisamos nos aprofundar nessa discussão para olhar a profundidade do problema. Por que tantas mulheres morrem? Qual é a razão maior? Aonde é o erro que precisa ser visto para ser trabalhado, e dessa forma, consertado? São perguntas que precisamos fazer. O que vemos são formas de se relacionar de maneira doentia. As pessoas se apropriam das outras, de modo que matam e tentam justificar as suas ações.

” Existem momentos em que a intensidade com que uma pessoa se relaciona com outra, extrapola limites, se nota muito isso pelo controle. “

A nossa cultura de certa maneira institui, a coisa da violência. É natural por exemplo, querer ter o controle sobre o outro, justificanfo isso como amor. O amor é um ganho maravilhoso. O que não sabemos muitas vezes é, lidar com atos violentos. Ora, se tem violência, não tem amor. O amor não é abusivo, é bom que se compreenda isso. Há mulheres que justificam ter parceiros ciumentos. Não é ciúme, não é gostar. Como disse ” o amor é um ganho maravilhoso”. Se há tensão, se existe violência, não é amor. É interessante que a mulher, não confunda amor com abuso e com a coisa da proteção. É justamente nesse ponto, que o homem abusador controla as suas vítimas. Ele trata com perversidade, mas depois quando tudo se acalma, ele vai lá e trata com carinho. É nisso que o amor consegue sobreviver. É no tratar bem novamente. É esse o ponto onde a mulher pensa encontrar oxigênio para relação.

” A porta de entrada para violência contra a mulher, vem principalmente, disfarçada de carinho.

O amor não é desassossego, mas segurança, diria que “resposta aos nossos anseios”. O problema maior dentro dos relacionamentos é que, um casal se apaixona, cria laços afetivos muito forte. Mas não consegue manter isso, principalmente nos momentos de tesão, porque demonstra comportamentos ofensivos e violentos. Às vezes, um fos parceiros, fala coisas que machuca o outro, humilha ou faz ofensas verbais que é o mais comum. É bom que se fique atento isso. Amor não é fonte de dor, basta a mulher olhar para essa realidade. Se encomoda, se há coisas que não se encaixam, veja o que coopera para esse desconforto.

Segundo o Datafolha, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública por meio fo instituto Data folha, “a violência contra a mulher teve um aumento bastante significativo. Mais de 18 mil mulheres foram vítimas de violência no último ano. São mais de 50 mil vítimas por dia, um estádio de futebol lotado.” afirma Samira Bueno, diretora executiva do Fórum.

Recentemente, o Fórum Brasileiro também mostrou dados estarrecedores a respeito de violência, o maior da história. Foram 74.930 vítimas dessa barbárie.

Protagonismo feminino

Enquanto se briga por uma maior igualdade de gênero e maior autonomia da mulher em relação a seus direitos, muitas coisas acontecem. Nós estamos diante dos avanços e retrocessos que apesar, de muitos entraves, podemos constatar passos significativos para mulher. Hoje, falamos de protagonismo feminino, o que uma realidade. É a mulher lutando por seu espaço na sociedade. Cada vez mais consciente, ela segue buscando por representatividade, fala, lugar de direito. E o que é bom nisso tudo, é que o tempo vem trazendo essa maturação necessária, digo ” o mergulho necessario na história da mulher “, fazendo com que se volte ao tempo, e traga a mulher cada vez mais para perto da realidade. Antes não. Como é sabido, o afunilamento do poder era dado só ao homem, a dominação, o machismo e força, são resquício do patriarcado. A mulher, não era vista senão como a sombra do homem. Talvez, a virada de chave mais importante da história, venha dessa mudança tão significativa a todas nós. São muitas lutas que buscam por respeito e igualdade de gênero. O feminismo tem ajudado a mulher dentro dessa construção histórica. A potência desse novo olhar sobre a mulher, certamente ganha novos contornos sobre a realidade tal qual ela é. É a mulher construindo história nos mais diferentes espaços. Mais que igualdade, queremos equidade. A ideia de emancipação feminina, se concretiza em cima desse pensamento. O ganho é sempre coletivo!

A potência desse novo olhar

O novo olhar sobre a história da mulher, desde a luta por ascensão, a busca pelo reconhecimento de seus direitos, faz com que esta seja vista com respeito. Não foi fácil; não tem sido fácil. Mas é recompensador saber aonde estamos chegando e ultrapassando os nossos limites. Nós não queremos ser mortas, nem conviver com a insegurança de nossos filhos e filhas. Queremos ser reconhecidas pelo direito de ser mulher, e de fazer um muito bom para os homens também. Deles, precisamos dessa consciência e respeito pelo que somos.

” Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância. “

Simone de Beauvoir.

Marii Freire. Violência Contra a Mulher

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Imagem: Autoral

Fontes:

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Santarém, Pá 4 de agosto de 2023

Publicado por VEM comigo!

⚖️ Bacharela em direito, Pós - graduada em Direito Penal e Processo Penal. 📚 Autora: MULHER Do ostracismo à luta pelos direitos nos dias atuais e O Amor Verdadeiro Contesta. Ambas as obras são lançadas em parceria com a Editora Viseu/ Brasil. . Palestrante