Violência Contra a Mulher

” Quem bate, diz que vai mudar o comportamento, melhorar as suas atitudes” Pautado nisso, surge uma segunda chance.

Marii Freire

O homem que bate, sustenta a promessa de mudança ou seja, que vai melhorar o seu comportamento, que vai procurar mudar a sua conduta, e não vai bater mais na sua esposa ou companheira. É comum se ouvir relatos de muitas mulheres que passaram ou passam por situação de violência ceder aos apelos desses homens, ou seja, elas dão uma segunda chance a eles, já que muitas vezes, por amar seus companheiros, elas cedem facilmente as suas promessas.

Homem X cultura machista

O homem não contaminado pela a cultura machista, de fato, não bate, não coisifica, nem maltrata a mulher. Porém, aquele que tem preceitos muito fortes, e que estão ali, alicerçados, principalmente, pelo preconceito e outros aspectos que foram reforçados na sua fase de criança, na coisa da educação, que viu o pai, o irmãos e outras pessoas reforçando essa prática machista como vemos, certamente, esse bate.

Infelizmente, esse comportamento violento que vemos em alguns homens, ele começa muito cedo. O menino cresce acreditando que a menina, a irmã, a coleguinha da escola, tem que ser tratada de maneira diferente. O que se observa neste caso, é que falta amparo para essa menina, desde a sua fase de criança, e – esclarecimento para esse menino que aprende de maneira errada, a verbalizar essa violência que se vive entre ela. A criança por si só, ela não tem maldade, nem ódio pelo outro; muito menos sabe o que é preconceito ou o que é disseminar ele no seu convívio com adultos e outras crianças. Isso é coisa que se ensina e aprende no dia a dia. Claro que, com o convívio entre pessoas e outras crianças, se traduz essa questão na maneira de falar, nas atitudes, nas piadinhas. Você nota claramente a ausência de uma assistência de prevenção em relação a essa realidade, além de muitos aspectos que tem ênfase maior na educação.

” Qualquer homem bate “

Qualquer homem bate, assim como tem mulher que bate, não na mesma proporção que os homens. Assim como, nem toda mulher aceita conviver com violência. E quando cito a educação como elemento importante no tange à violência contra a mulher, não isento homens e mulheres analfabetos, ou no melhor sentido da palavra( ágrafos ), porque não existe um perfil pronto do agressor. Todos os homens podem agredir e violentar uma mulher. Neste caso, é errônea a ideia de que só o homem que tem pouca escolaridade se torna o ser mais agressivo. Há muitos com transtornos de personalidade, que também entram para o cerne dessa questão. Todavia, o exemplo que uso da educação, serve como um crivo que na prática ” impediria e não facilitaria” a propagação da violência em nosso meio. A verdade é que, quando se fala da propagação do preconceito, do machismo e outros, muitas vezes, se observa que a deficiência disso tudo, começa na educação de nossos filhos e filhas. Às vezes, como dito anteriormente, há falha em casa e escola diante de certas questões principalmente, atreladas a questões de gênero. Isso por exemplo, quando se analisa questões mais recentes, porque antes, não se cogitava a palavra gênero nas escolas. Quando se fala em violência contra a mulher, na verdade, há inúmeras dificuldades que nascem diante dessa realidade. A mais comum é a desconstrução desse machismo que mata todos os dias.

Lei Maria da Penha

Desde a sua promulgação em 7 de agosto de 2006 no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, os casos de violência ganharam uma maior visibilidade. Então, o que se percebe é que essa lei trouxe proteção à mulher que é vítima de violência doméstica, o que não tinha tanta eficácia nos casos anteriores, como se tem hoje, após chegada da Lei Maria da Penha.

Mulher X Lei

Hoje a mulher se sente mais segura sabendo que tem uma lei que lhe oferece proteção. Mas, ainda existem muitas dificuldades a serem superadas. Porém, essa lei precisa ser olhada com mais carinho por nossos gestores para se consiga ter uma melhor eficiência. A gente, sabe que muitas mulheres denunciam. Mas, o número daquelas que se calam é muito grande. Então, é preciso reforçar a ideia de que a mulher deve denunciar para diminuir o número de impunidades em relação aos agressores em nosso país.

Denúncia

É necessário sempre reforçar a ideia para a mulher que sofre ameaças ou são agredidas fazerem a denúncia. Essa mulher pode se dirigir a uma delegacia especializada no atendimento à mulher( DEAM) que fica localizada na AV. Sérgio Henn, s/n. Bairro: Interventoria. Telefone ( 93) 3522-2132.

Marii Freire. Violência Contra a Mulher

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Imagem: Autoral

Santarém, Pá 14 de julho de 2023

Publicado por VEM comigo!

⚖️ Bacharela em direito, Pós - graduada em Direito Penal e Processo Penal. 📚 Autora: MULHER Do ostracismo à luta pelos direitos nos dias atuais e O Amor Verdadeiro Contesta. Ambas as obras são lançadas em parceria com a Editora Viseu/ Brasil. . Palestrante

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