[…]
Eu nem tenho direito mais de ser melancólico e frágil,
Nem de me estrelar nas volúpias inúteis da lagrima!
Eu me revertido as tuas águas espessas de inflâmias,
Oliosas, eu, voluntariamente, sofregamente, sujado
De inflâmias, egoísmos e traições. E as minhas vozes,
Perdidas do seu tenor, rosnam pesadas e oliosas,
Variando terra adentro no espanto dos mil futuros,
À espera angustiada do ponto. Não do meu ponto final!
Eu desisti! Mas do ponto entre as águas é a noite,
Daquele ponto leal à terrestre pergunta do homem,
De que o homem há de nascer “.
Mário de Andrade. A Meditação sobre o Tietê. Textos publicados sob licença de Carlos Augusto de Augusto de Andrade Camargo. Nova Cultural. São Paulo, 1990
Marii Freire Pereira
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Imagem (Arquivo pessoal)/ VEM comigo!
Santarém, Pá 16 de janeiro de 2021

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