Longe de ti são ermos os meus caminhos
Longe de ti não há lua nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos doces, plenas de carinho
Os dias são outonos: choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredo
Invoco o nosso sonho, entendo os braços
e é ele oh meu amor, pelos espaços
fumo leve que foge entre os meus dedos.
Florbela Espanca, Poema do livro de Sóror Saudade, 1923.
Marii Freire Pereira
VEM comigo!
Santarém, Pá 28 de abril de 2020
Lindo!
Viveu tão pouco, mas intensamente.
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Verdade Miau!..
Teve um histórico de negação. A sensibilidade do público só veio após a sua morte
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