Longe de ti, se escuto, por ventura,
Teu nome, que uma boca indifere
Entre os outros nomes de mulher murmura,
Sobe-me o prato ais olhos de repente…
Tal aquele, que mísero, a tortura
Sofre de amargo exilio, e tristemente
A língua natal, mavioso e pura,
Ouve falada por estranha gente…
Porque teu nome é para mim o nome
Cuja saudade ardente me consome:
E a eterna luz da terra abençoada,
Onde, entre flores, teu amor me espera.
Olavo Bilac, Longe de Ti. XXXI
Categoria: obras literárias
Marii Freire Pereira
VEM comigo!
Santarém, Pá 27 de abril de 2020