Quem disse à estrada o caminho
Que Ela há -de seguir o céu?
A fábricar o seu destino
Como é que a ave aprendeu?
Quem diz a planta “Floresce!” –
E ao mundo verme que tece
Sua mortalha de seda
Os fios que quem olhos enreda?
Ensinou alguém à abelha
Que no prado anda a zumbis
Se à flor branca ou à vermelha
O seu mel há- de ir pedir?
Que eras tu meu ser, querida,
Teus olhos a minha vida,
Teu amor todo o meu bem…
Ai! não mo disse ninguém.
Como no céu gira a estrela,
Como a todo o entro seu fado
Por instinto se revela,
Eu no teu seio divino
Vim cumprir o meu destino…
Vim, que em ti só sei viver,
Só Por ti posso morrer.
Almeida Garret, Destino.
Pensador.com
Marii Freire Pereira
Santarém, Pá 26 de abril de 2020