A ideia de que “ João mata Maria para proteger o seu amor” é contestada nos dias atuais. Não se pode vender em tal cena, o heroismo, a bravura e tantos adjetivos que se queira incorporar referente a uma “ cegueira “ que para muitos apresenta “ beleza “.
A literatura dentro da visão de grandes escritoras a nível de Lygia Fagundes Telles, Simone de Beauvoir entre outras, traz uma coisa muito interessante que é procurar denunciar essa violência justamente, como forma de chamar atenção ao problema que para alguns, de dentro da proposta de uma linha filosófica, tentar fazer do que haja uma espécie de heroísmo ao matar em nome daquilo que supostamente seria compreendido como “ amor”.
É sabido que por trás de argumentos como esse, muito sangue foi derramado mostrando o quão perigoso é o pensamento do patriarcado. Não, não, não! Não há heroísmo. Há o condicionamento feminino para sofrer abuso e todo tipo de violência em silêncio. Há formas inúmeras de se contar verdadeiras atrocidades de maneira que cada narrativa, venha “cativar “ as pessoas que quase sempre ou pelos na maioria das vezes, estiveram mergulhadas na ingênua ideia de que o amor precisa de sacrifício. Não precisa. Isso é pobreza intelectual também vendida a um preço muito caro. E infelizmente, sabemos que tem gente que compra. Portanto, sejamos inteligentes o suficiente para entender que qualquer relação que estrapole limites, ela é doentia. Desta forma, não há beleza na filosofia, na literatura ou na vida real. Violência é violência em qualquer época da história.
Marii Freire. Violência Contra a Mulher
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Santarém, Pá 16 de dezembro de 2025/ Amazônia/ Brasil