A Marii Freire, não, não. Definitivamente, ela “ não é uma neta- herdeira” ou alguém que teve todas as oportunidades favoráveis para se tornar escritora.
Ao falar dessa maneira, lembro-me de um escritor brasileiro que admiro muito: Joaquim Maria Machado de Assis, menino pobre de subúrbio que não se deixou intimidar pelos muitos obstáculos, mas que se tornou uma referência no Brasil. A propósito, a história do Machado de Assis me inspira, porque me reconheço em parte dela, especialmente na infância, e no que tange a pobreza e dificuldades. Acredito que ao olhar para essa realidade distante, digo “ de Machado e Marii” de alguma forma, isso nos aproxima. Mais do que “ bons amantes de livros” há uma percepção sobre o mundo e algumas mazelas que precisam ser denunciadas. Machado de Assis, foi fantástico em tudo o que fez, eu procuro me “ aperfeiçoar “ também em relação naquilo que faço, não só como autora, mas como ser humano, em constante evolução.
Ao me tornar uma escritora de mulheres, assim como muitas que deixaram seus nomes na história, sei que o fizeram desta forma, por compreender que havia a necessidade de denunciar muitas coisas; coisas especialmente, referentes as mulheres. Há muitas dificuldades e motivos que me inspiram e “ instiga “ a falar com coragem e clareza.
Como uma menina pobre, diante de circunstâncias difíceis, eu poderia simplesmente, me esquivar de “ abraçar essa luta” referente a violência de gênero. Mas, considerando o próprio exemplo, “ daquele menino pobre e que gostava de livros…” isso me deixa muito mais feliz, por entender que o mundo e as grandes histórias, são para pessoas ousadas. Eu quero ser lembrada como “ aquela mulher” que inspira.
Defender os direitos humanos é olhar para os muitos dilemas, para as direções que se pode trabalhar e mudar algumas realidades. Eu sou humanista., sou uma escritora que se preocupa com “ a dor do próximo”, mesmo que essa dor seja a questão da violência doméstica e outros. Os direitos humanos são instrumentos legais que você usa para defender aquilo que falta em relação as pessoas, às vezes, falta “ o mínimo” mas, ao usar isso, você assegura direitos.
Está na hora de deixar o preconceito, o machismo e algumas questões que reforça a ideia de violência de lado. A luta por igualdade gera oportunidades. E o mundo só pode avançar diante de uma nova consciência, especialmente quando essas oportunidades que chamo atenção “ alcançar lugar diante de ideias novas” deixando o passado no lugar dele. Todo o progresso que se deseja vem através disso, digo “ de uma nova mentalidade “. Apesar, de muitos serem contra, eu luto por entender que somos iguais em dignidade e valor. E que a grandeza humana não reside em colonizar o outro, mesmo que esse outro, ainda seja uma mulher.
O sofrimento não é algo que sirva de modelo para inspirar pessoas, é um acontecimento que se deve lutar contra. Isso sim, me inspira. E como agente de transformação, eu luto para que a geração vindoura, tenha mais segurança e respeito pelas mulheres.
Marii Freire. Mulheres que transformam o mundo
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem: Autoral
Santarém, Pá 28 de Setembro de 2025

Transformam o mundo diariamente por meio de suas ações.
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