Nós, enquanto seres humanos criamos muitos obstáculos para nos relacionarmos conosco; com as nossas emoções, com as ideias estúpidas a respeito do que se constrói de negativo, do complexo de inferioridade. Enfim, tudo aquilo que nos afasta da genuína felicidade e potencial de uma vida inteira.
É natural que, na maioria das vezes, vivemos assustados, sozinhos, e sem saber muito para onde olhar; olhar para dentro principalmente. Num final de tarde, nasce a ideia de abandono, das cobranças e condições que temos conosco. Então, descobrimos que tudo é falta de amor; amor e apreço por quem somos. Pois, uma vez que se lança esse olhar bendito e generoso sobre a pessoa que admiramos ( que somos nós), deixamos de ter sentimentos robotizados, e passamos a confiar naquilo que vemos e acolhemos.
Numa manhã de terça- feira, se acorda alegre e reflete sobre as leituras distorcidas que veem depois de muito interpretar sentimentos e sacrifícios, como se a vida fosse apenas isso; erguice-se a cabeça, e decide-se então, levar à sério. É o amor? Não, é a sanidade, – condição por onde começa o amor.
Depois que descobrimos o amor por nós, os maus-tratos terminam. A gente fica em paz, e passamos a entender que amar é tão fácil, nós é que complicamos as coisas. E que para conciliar a ideia de amor próprio com a de amor real não precisa de exageros; basta juntar o que temos com queremos.
Taí a graça que ninguém explica: o amor. É só olhar com carinho no fundo dos olhos da pessoa que amamos que, se fortalece os laços afetivos, bem como, o conforto dos nossos hábitos, e tudo aquilo que cria vida internamente. E assim vivemos sob a óptica de quem amamos, sabendo que ao juntar dois sentimentos e um juízo de valor sobre quem somos, o amor é a resposta ao fim de todas as nossas perguntas.
Marii Freire. Amor
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem: Pinterest/ Keziban Esen
Santarém, Pá 16 de julho de 2025

Você precisa fazer login para comentar.