A vida é composta de um imenso vazio. Ora, ela se faz por ponto de chegada. Ora, por ponto de partida. Em cada movimento, a sua resposta estabelece razões e limites diante de escolhas que explicam o sentido de viver de cada indivíduo. Dos degraus ao ápice, cada passo, cada ruído compõe essa trajetória secular, desde o seu princípio. Por isso, cada momento se faz oportuno pela própria necessidade de nascer ou morrer.
Qualquer um que tente explicar a vida tentará partir da absoluta ignorância a uma consciência desperta que traduza o que alonga e dar sentido ao tempo, ao valor das coisas que fazemos, como tudo o que inviabiliza os nossos sonhos; ao que leva ao tudo e ao nada. Começo e fim, se traduz num grande espiral.
Vale ressaltar que nesse imenso esforço, tudo se comunica entre si. Todas as coisas são ligadas, de modo, a obedecer uma ordem: luz, abandono e solidão, não é desperdício, é uma forma de vida. No que tange ao isolamento, a natureza, o que é puro, assim como, tudo que se distancia da face da violência. Mas, como parte integrante desse grande movimento chamado vida, e como seres gregários que somos, vivemos sob o calor das ideias que nos sustenta e gera satisfação as nossas necessidades.
Todavia, viver é conviver. É sentir, tomar decisões” acender uma vela no escuro abençoar ou amaldiçoar as nossas paixões”, respirar e saber que a vida continua fluindo diante dos seus mistérios, êxtase, diante do belo e do sagrado; assim como, do que insulta e nos faz arriscar a sorte por abrigo. A vida é cíclica. Em fração de segundos, tudo muda, altera, se transforma, acumula, diminue o ritmo; começa e finda – sensibilizar e impressiona, ecoa e ganha múltiplas formas.
Uma boa forma de compreender a vida é por meio de um grande espiral. Esse exemplo, não é só uma ilustração imaginária, é uma maneira de como tudo acontece. De repente, temos tudo. Temos amigos, uma família, abrigo, amor, estabilidade financeira e emocional. Enfim, a “ vida prêmio “ que todos desejamos. Mas, diante de um desequilíbrio, ou esse momento circular que se baseie em qualquer outra situação, tudo muda. E ao mudar, leva ao nada. Um nada que pode ser composto de um vazio cheio de muita coisa, como brigas, problemas de toda ordem, sonhos interrompidos drasticamente, compreende? Tudo zera; tudo acaba, tudo termina e começa novamente. Tudo e nada…começo e fim se encontram.
Todo começo é assim: cheio do nada, – e do nada, uma imensidão de coisas se compõem. E ao fim desse ciclo; tudo vira nada novamente, porque a vida é formada por um grande vazio. Nós, porém, somos parte importante desse movimento magnífico, onde tudo se integra e fragmenta incessantemente, por meio de uma velocidade constante.
Assim, vivemos e morremos; agimos ou nos esquivamos da vida, mas tudo acontece numa ordem, onde todas as respostas se comunicam entre si, dando sustentação ao mundo interno e externo; revendo o desejo dos nossos pensamentos, preocupações e encontrando sentido na própria adversidade, assim também nos levando rumo a direção que estabelecemos, cansados ou satisfeitos; cheios de silêncio ou de nós mesmos.
Marii Freire. Espiral
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Imagem:Marii Freire
Santarém, Pá 29 de junho de 2025

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