A dependência emocional é perigosa para a saúde da mulher. Embora, nem todas percebam que estão presas em ciclos viciosos, e na maioria das vezes, isso se torna comum na relação abusiva, que muitas mulheres não se dão conta ou as que percebem, inventam mentiras para si mesmas, com medo de largar o abusador emocional; contentando- se com migalhas afetivas, e o que é pior: ” achando serem amadas” pelos homens que elas elegem como seus.
Por depender afetivamente dos carinhos de seus parceiros, a maioria das mulheres se esforçam para estarem a altura da exigência desses homens. Assim, se submetem a tudo, inclusive, aceitar qualquer coisa para não receber um olhar com cara feia ou qualquer sinal de desaprovação por parte deles. São desprezadas quase sempre por meio de pequenas atitudes diárias, mas arriscam em se esforçar; algumas vezes exageradamente, de forma que até, se humilham, choram ou simplesmente, imploram, pedindo para que eles não as deixe diante de situações explosivas.
Assim, alguns homens observando essa fragilidade da mulher, acabam produzindo palavras que levam ainda mais essa dependência, como afirmar insistentemente, que eles são tudo na vida delas, e que nenhum outro homem, irá amar como eles, as amam. Por outro lado, isso sendo o que elas querem ouvir, por estarem carentes; cria- se um mundo fantasioso, de modo, que essaa vítimas se tornem cada vez mais dependente dos abusos, das chantagens emocionais, sendo facilmente manipuladas por esses abusadores.
Quanto mais dependentes, mais tempo elas ficam sob o efeito de uma espécie de encanto. Mas como nem tudo são flores, tem uma hora que essas mulheres começam a recapitular a vida, a fazer questionamentos e a enxergar além daquele casulo de solidão. Na maioria das vezes, perguntam- se: ” O quê que estou fazendo aqui?” Ou ” Não quero mais essa relação “. E uma sequência de acontecimentos traumáticos começam a fazer sentido no meio daquelas perguntas. De repente, junto as respostas, vem a culpa e a medo em pensar no que vai ser dela, dos filhos expostos a dor, ao julgamento da separação.
Não só a relação passa a ser questionada, mas o futuro de todos. Tomada pela sensação de remorso de falhar sempre com ela, essa mulher passa a ser mais flexível. Então, ela adia uma, duas, três vezes a decisão de sair. Até o momento em que, entende que o amor que ela buscava tanto no homem que pensava amar, o que na verdade, era (dependência emocional) e nada além disso, agora passa a ser visto sob outra óptica. Essa mulher que tanto chorou, pedia para ser amada e respeitada na relação, abre mão da fantasia de viver um grande amor, e se veste de razão. Ela não se torna fria, mas alguém que passa a agir com controle perante aquela situação. Ela, finalmente aceitou a ideia de que o amor que precisa, vem de sua própria essência. Descobriu, além do poder de questionar a si mesma, que as coisas que lhes são caras, vem do interesse de observar e validar o que vive em seu interior. Ela abriu mão de agradar! Passou a si amar, a ouvir a voz do que tornou essa experiência valiosa com ela mesma.
Marii Freire. Dependência Emocional.
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Imagem: Autoral
Santarém, Pá 19 de janeiro de 2025

São como hienas, que farejam a carência ao longe, perseguindo suas presas frágeis e feridas pela vida, sem
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Perfeito!
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