Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Harvard, o que determina se os relacionamentos interpessoais “são saudáveis e felizes é a força e a qualidade da relação”. Isso reforça tudo o que é trabalhado nesse espaço no que tange à relacionamentos, incluindo os relacionamentos doentios ( violência doméstica) porque, quando se observa a questão de relacionamentos conturbados, nota-se o quanto isso é prejudicial à saúde das pessoas. E na prática, é preciso enxergar que os momentos difíceis, quando o casal não tem a capacidade de encontrar a direção correta para resolver os próprios problemas, isso vai acabando com a saúde mental e física pessoas que estão envolvidas nesse contexto.
Não é difícil perceber o quanto vemos pessoas vivendo de qualquer maneira dentro de relações disfuncionais. É interessante citar a questão da violência doméstica, em especial, a violência psicológica, porque isso enriquece cada vez mais essa discussão. Quanto mais falar sobre o problema, mais informação valiosa se agrega nesse sentido. Ora, um relacionamento conturbado ele traz muito borrecimento. E a situação fica muito mais fragilizada, quando não há o compromisso para querer resolver essa situação. Quando as pessoas discutem, no caso, os casais brigam e fazem acusações sérias, algumas “contendo verdades” principalmente, por conta de outras relações que a pessoa vive escondido. Na verdade, relacionamentos fugazes, e isso é descoberto, esse detalhe modifica a forma drasticamente de um casal se relacionar. Estar com alguém sem compromisso, e que se mostra ” disponível ” para outras pessoas, sem ” zelar” pelo bem- estar e saúde dessa relação é difícil. Primeiro, porque esse detalhe afasta o casal, acaba com a ideia de felicidade. Enfim, zera qualquer tipo de conexão. Não há respeito, nem consideração por quem estar a seu lado.
Essa pesquisa é interessante porque, ela acaba aborda alguns pontos como por exemplo, essa questão que na nossa cultura, há uma espécie de ” perseguição a uma suposta felicidade” e que na prática isso seria uma ” miragem”, algo que você luta para alcançar, e em muitos casos, faz de tudo, até se submeter a condições humilhantes como vemos tanto nos relacionamentos abusivos como também na violência doméstica. Há situações que, para uma mulher se sentir ” amada”, ela passa por tanta coisa. No caso, eu que trabalho a violência doméstica, vejo muito essa questão, justamente, fazendo um paralelo dessa situação, é o que essas mulheres fazem ou seja, vão ate o último limite; nem que ” esse limite” lhes custe a própria vida. Muitas querendo viver essa tal felicidade, recebem migalhas em meio a esse processo doloroso, no qual, nunca tiveram amor.
” Muitas mulheres vão até o último limite, para viver o que elas chamam de amor.”
Em relacionamentos abusivos, pelo fato da mulher, não identificar nesse espaço informações desconectadas, elas não Identificam com facilidade que são mais manipuladas do que amadas, até porque a cultura que temos também reforça essa coisa de que a mulher é responsável pelo sucesso da relação. O que dificulta enxergar ainda mais o problema. A mulher luta pelo amor, pela família, filhos e outros. Mas, ela precisa ter consciência do seu valor dentro dessa ideia de amor que recebe. Um bom relacionamento vai depender muito da forma desse casal se relacionar. Se há o interesse mútuo do amor, do cuidado, do respeito, se os acordos cumpridos, principalmente, se as manifestações românticas são verdadeiras, a relação acontece naturalmente. Mas, se há muitos problemas, é importante o casal ficar atento.
Todo relacionamento pode ter seus problemas, mas a forma de lidar com eles é um dos maiores desafios ao longo da vida desse casal. Sofrimentos oriundos de pequenas mentiras, geram conflitos e a diminuição da admiração que uma pessoa nutre pela outra. Quando há brigas, quem é verdadeiro naquilo que diz, isso não só determina muita coisa, como também gera sofrimento que traz complicações a saúde mental emocional da pessoa. Conflitos geram bloqueios, interferem diretamente na qualidade da relação. É importante ressaltar que enxergar todas essas coisas negativas que interferem na vida do casal e enfrentar tudo no sentido de não se repetir, pode trazer satisfação e criar condições para as pessoas viverem melhor. Quanto mais houver a preocupação desse “olhar interno”, bem como, desse cuidado, mais chances desses relacionamentos se fortalecerem e criar laços afetivos genuínos, mais as pessoas conseguem entender o que fortalece àquilo que verdadeiramente, elas buscam umas nas outras, assim como o que agrega sentido na relação.
Marii Freire. Saúde da Relação
https://Pensamentos.me/VEM comigo!
Fonte: Revista Psique
https://www.escala.com.br ( psique ciência&vida. ( UMA NOVA PROPOSTA. Ano: 12 . Edição: 139. p 14)
Matéria: Lucas Vasques
Imagem: Autoral
Santarém, Pá 12 de dezembro de 2024

Muito bom. Não sabia dessa pesquisa. Tenho escrito muito sobre a necessidade de relações saudáveis e genuínas.
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Muito interessante o tema que tens desenvolvido.
Bem, essa pesquisa foi realizada há alguns anos. Hoje estava lendo essa revista ( tenho uma coleção delas) e achei importante fazer um paralelo ao tema que trabalho. Na verdade, isso reforça um pouco do que trago para cá.
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Com certeza foi importante 🙂
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Obrigada pelo seu acréscimo!🙏
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